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Enchentes mantêm Bálcãs em alerta

07:49 | Mai. 20, 2014
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Chega a quase 50 o número de mortos nas maiores inundações dos últimos 120 anos na região. Autoridades alertam para novo aumento do nível do rio Sava, que também ameaçaria o rio Danúbio. As inundações que atingem os Bálcãs há quase uma semana já deixaram 49 mortos. Consideradas as piores na região em 120 anos, as enchentes ainda devem deixar mais vítimas. Segundo as autoridades, a previsão é de que o nível do rio Sava que atravessa a Sérvia, a Bósnia, a Croácia e a Eslovênia aumente ainda mais entre a noite desta terça (20/05) e quarta-feira, ameaçando também o rio Danúbio. Somente no norte da Bósnia, foram contabilizados pelo menos 20 mortos, e mais de 11 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Na cidade de Orasje, 60% do território estão debaixo d'água. As enchentes, que já afetam um quarto da população do país, também devem causar prejuízos de "bilhões de euros" para a agricultura, estima o chefe da associação de agricultores da Bósnia, Miro Pejic. De acordo com o ministro de Relações Exteriores do país, Zlatko Lagumdzija, as cheias destruíram cerca de 100 mil casas e mais de 200 escolas e hospitais e também deixaram grande parte da população sem água potável. "A única diferença em comparação à guerra [da Bósnia, entre 1992 e 1995] é que menos pessoas morreram. O país está devastado", disse Lagumdzija. O número de mortos na Bósnia chega a pelo menos 24. Outra preocupação no país é o deslocamento de minas terrestres remanescentes da Guerra da Bósnia, que podem ser levadas pela enxurrada e deslizamentos de terra. Autoridades pediram aos moradores que sejam cautelosos ao limparem suas casas, terrenos e jardins, devido ao perigo de os resíduos explosivos estarem escondidos na lama. Na Sérvia, Obrenovac ao sul da capital Belgrado e banhada pelos rios Sava e Kolubara, que inundou na última semana foi a cidade mais afetada pelas enchentes. O número de mortos chegou a 13, e um terço da população teve deixar suas residências em busca de lugares seguros. Depois de as águas terem começado a baixar no sábado, o rio Sava voltou a subir e a colocar a cidade em risco. Milhares de voluntários trabalham na tentativa de conter as águas, construindo diques ao longo das margens do Sava. BWS/ap/dpa/afp

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