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China condena 55 em julgamento em estádio

11:48 | Mai. 28, 2014
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Sentenças são resposta a onda de atentados na região de Xinjiang, que vive uma escalada da violência entre principais etnias. Entre os condenados, três receberam pena de morte. Num julgamento realizado num estádio, diante de 7 mil espectadores, a Justiça chinesa condenou na terça-feira (28/05) 55 pessoas pelos crimes de terrorismo, separatismo, estupro e assassinato na região de Xinjiang, no noroeste do país. Delas, três foram sentenciadas à morte. Segundo informou nesta quarta-feira a imprensa estatal, o julgamento, realizado na cidade de Yining, foi acompanhado também por autoridades do Partido Comunista. O subsecretário do partido na cidade, Li Minghui, disse que a sentença pública deixa clara a determinação do governo em combater "o terrorismo violento, o separatismo e o extremismo religioso". O julgamento em massa é uma resposta do governo após uma série de atentados em Xinjiang, uma região marcada pela tensão entre as etnias han, majoritária, e uigur. Na semana passada, um ataque num mercado popular da capital regional, Urumqi, deixou 43 mortos e mais de 90 feridos. O governo atribui as ações a radicais muçulmanos da minoria uigur. As autoridades chinesas afirmaram que a polícia no sudoeste de Xinjiang prendeu também na terça-feira cinco suspeitos de planejarem um novo ataque. Segundo o governo, só neste mês, mais de 200 pessoas foram detidas e 23 grupos extremistas foram desarticulados. O julgamento foi similar ao processo realizado na semana passada, na mesma região, que condenou 39 pessoas à prisão por atos terroristas. Segundo o governo chinês, cinco homens-bomba foram os responsáveis pelo ataque ao mercado de Urumqi na última quinta-feira. Esse foi o segundo atentando na região em menos de três semanas, após a explosão da bomba numa estação de trem que matou três pessoas e feriu 79. Em outro ataque, em março, a estação de trem em Kunming foi invadida por homens armados com facas que mataram 29 pessoas e feriram 130. O conflito entre chineses e os separatistas da etnia uigur remonta ao século 19. A minoria muçulmana se sente desfavorecida cultural, social e economicamente perante a presença na região da etnia han, que representa mais de 90% da população chinesa. CN/rtr/afp/ap

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