Participamos do

Prossegue busca por mais de 100 meninas sequestradas

Militantes do movimento islâmico radical Boko Haram sequestraram mais de 100 adolescentes de uma escola na noite da última segunda-feira, 14
10:01 | Abr. 16, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
A busca por mais de 100 alunas de uma escola de ensino médio nigeriana sequestradas pelo grupo islamita Boko Haram prosseguia nesta quarta-feira, 16, na cidade de Chibok, no nordeste do país.

Um grupo de homens armados entrou na terça-feira à noite na escola pública. Depois de matar um policial e um soldado que protegiam o edifício, obrigaram as adolescentes a subir em caminhões e zarparam por esta remota região.

"Os militantes estão fazendo buscas na floresta para resgatar as meninas. São apoiados por helicópteros", declarou o senador Ali Ndume, representante do estado de Borno, o mais afetado pela violência dos insurgentes islamitas.

Ele explicou que a busca é difícil porque "se trata de uma grande floresta que se estende até o vizinho Camarões".

Uma fonte dos serviços de segurança afirmou que o exército havia encontrado marcas de pneus e estava seguindo a pista.

O movimento islamita Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é um pecado", atacou escolas e universidades em várias ocasiões e suas ações deixaram milhares de mortos desde 2009, quando sua revolta começou.

O sequestro em Chibok coincidiu com a explosão de uma bomba na terça-feira em uma estação de ônibus nos arredores de Abuja, a capital do país, que deixou 75 mortos, um ataque atribuído ao Boko Haram.

"Levaram a minha filha. Não sei o que fazer. As autoridades não deveriam permitir que estes assassinos despedacem os sonhos de nossas filhas", declarou uma mulher de Chibok, que, como muitos dos pais das meninas sequestradas, não quis se identificar.

Algumas meninas conseguiram escapar quando os islamitas consertavam um dos caminhões, explicou à AFP uma menina que conseguiu fugir.

"Toda a cidade está de luto", declarou o pai de outra das sequestradas, que disse estar vivendo "um pesadelo".

AFP

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente