Presidente irlandês fará visita histórica ao Reino Unido
Não será a primeira vez que Higgins viaja ao país desde que assumiu o governo irlandês, em 2011. Mas visitas de Estado são realizadas com o maior nível de formalidade e compromisso, e são altamente simbólicas e organizadas em torno de eventos criados mais para enviar mensagens do que para produzir ações concretas.
Na visita, o presidente irlandês irá conhecer o castelo de Windsor para observar as insígnias dos regimentos irlandeses do Exército britânico, abandonadas pelos militares após a independência do país em 1922. Além disso, ele irá colocar uma coroa de flores no túmulo do Soldado Desconhecido e visitará a antiga catedral da cidade de Coventry, que foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial.
"Isto é parte de um movimento geral de reconciliação", afirma Dan Mulhall, embaixador irlandês para o Reino Unido. "E sublinha nossa disposição em ver nosso passado em toda a sua complexidade", acrescentou. Para o Reino Unido, a visita oficial sinaliza que a Irlanda agora é uma nação amiga e importante, ao invés de um vizinho problemático.
O processo formal de reconciliação vem na esteira de laços cada vez mais profundos entre britânicos e irlandeses. Um quarto dos ingleses têm antepassados vindos da Irlanda, enquanto 50 mil diretores de empresas da Grã-Bretanha também nasceram no outro país. A aproximação das duas economias foi confirmada no fim de 2010, quando o governo britânico aprovou um empréstimo de resgate de 6 bilhões de libras para a Irlanda sem encontrar nenhuma oposição significativa entre seus congressistas.
A visita ocorre apenas meses antes de os cidadãos da Escócia votarem se irão ou não deixar de fazer parte do Reino Unido, o que já dura 307 anos. Diferentemente de outros líderes mundiais, Higgins não visitará a Escócia - uma omissão que autoridades irlandesas explicam como devida às pressões de tempo. O governo irlandês se recusou a comentar a possível separação da Escócia. Fonte: Dow Jones Newswires.
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