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Obama acusa republicanos de tirarem o direito ao voto dos afro-americanos

"O direito ao voto está hoje ameaçado de um modo inédito", disse Obama na convenção anual da Rede de Ação Nacional
10:21 | Abr. 12, 2014
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O presidente Barack Obama advertiu na última sexta-feira, 11, que os republicanos estão suprimindo o direito de votar dos afro-americanos de um modo inédito nos últimos 50 anos.

 Em uma linguagem incomumente dura, o presidente acusou seus oponentes políticos de usar a ameaça de fraude eleitoral como estratégia para privar os americanos de um direito fundamental.

 "Essa é a verdade nua e crua", disse Obama na convenção anual da Rede de Ação Nacional (National Action Network), uma organização de defesa dos direitos civis fundada pelo reverendo Al Sharpton, um importante líder comunitário.

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 "O direito ao voto está hoje ameaçado de um modo inédito desde que se aprovou a lei de direitos eleitorais há cinco décadas", insistiu.

 Os democratas acusam as legislaturas locais e estaduais dominadas pelos republicanos espalhados pelo país de tentar limitar a votação antecipada e de aprovar controles de identidade arbitrários para reduzir a base do eleitorado democrata. Os republicanos alegam que são necessários critérios mais rígidos para comprovar a identidade dos eleitores para proteger a transparência das eleições nos Estados Unidos.

 O presidente Obama argumenta que esses esforços são desnecessários.

 "Há 50 anos aprovamos leis graças a grandes lutas para reivindicar essa ideia, para que a democracia realmente represente algo", afirmou Obama.

 "É um erro aprovar leis que dificultem o direito de qualquer cidadão votar", insistiu.

 "É um fato (que) esses esforços recentes para restringir o voto não foram realizados por ambos os partidos. Foram realizados pelo Partido Republicano", acrescentou Obama.

 Os democratas se opõem a esse tipo de medida, porque consideram que discriminam os eleitores pobres, ou das minorias, que votam majoritariamente no Partido Democrata.

 Em novembro, acontecem nos Estados Unidos as eleições legislativas de meio de mandato, na qual os republicanos tentarão recuperar a maioria no Senado para os dois últimos anos da administração Obama.

 Tradicionalmente, os eleitores democratas são mais inclinados do que os

republicanos a se mobilizar nas eleições de meio de mandato. Como Obama não é candidato, a expectativa é que seja menor a mobilização às urnas do núcleo mais ativo de seguidores do presidente - constituído de afro-americanos, hispânicos e jovens.

 

AFP

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