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Kerry terá reunião sobre Ucrânia com chanceleres

17:30 | Abr. 07, 2014
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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, concordou nesta segunda-feira em se encontrar com os chanceleres da Rússia, Ucrânia e União Europeia em uma nova tentativa de acalmar as tensões no leste da Ucrânia, depois que a Casa Branca ameaçou com novas sanções se Moscou intervier novamente no país vizinho.

A reunião de Kerry com os ministros das Relações Exteriores irá ocorrer dentro dos próximos 10 dias, informou o Departamento de Estado, em meio a preocupações dos EUA de que a Rússia pode aproveitar a recente anexação da Crimeia para pressionar pela separação de outras áreas da Ucrânia. Contra essa possibilidade, a Casa Branca advertiu o presidente da Rússia, Vladimir Putin. "Se a Rússia se movimentar rumo ao leste da Ucrânia, seja aberta ou veladamente, isso seria uma escalada muito séria", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney, acrescentando que os EUA estão "preparados para impor novas sanções sobre setores da economia russa se a situação ficar mais tensa."

Em um telefonema feito mais cedo, Kerry disse ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que os EUA estavam acompanhando os eventos em uma série de cidades do leste da Ucrânia com "muita preocupação" e ceticismo sobre sua espontaneidade, conforme o Departamento de Estado. Kerry disse que agentes de inteligência russos que trabalhavam na Ucrânia recentemente haviam sido presos e pediu que o governo da Rússia repudie ações de separatistas.

Lavrov, por sua vez, enfatizou a "necessidade de uma reforma constitucional profunda e transparente com total envolvimento de todas as forças políticas e regiões, particularmente em meio à escalada de protestos no sudeste da Ucrânia", salientou o ministério das Relações Exteriores da Rússia, em comunicado. Ele também salientou a "importância de um diálogo real sobre uma estrutura federativa para a Ucrânia e a afirmação de seu status livre de bloco", um aceno à preferência do Kremlin de que a Ucrânia se abstenha de ingressar na Otan. Fonte: Associated Press.

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