Espanha rejeita extradição de acusado de tortura
Muñecas foi acusado de supostos delitos de tortura. Vários presos que ainda estão vivos deram testemunhos contra ele de espancamento e tortura em 1968. A corte espanhola descreveu os atos como reprováveis, mas de qualquer maneira prescritos. O prazo de prescrição é de 10 anos.
Segundo a decisão, a denúncia foi um episódio isolado, que não liga Muñecas à causa geral de genocídio e crimes contra a humanidade investigada pela juíza argentina Maria Servini de Cubría.
O Supremo Tribunal deve se pronunciar nas próximas semanas sobre a extradição para a Argentina do ex-inspetor de polícia Antonio González Pacheco,
apelidado de "Billy the Kid'', acusado de 13 delitos de tortura durante a ditadura.
A juíza instrui desde 2010 uma investigação por crimes contra a humanidade cometidos na Espanha entre 1936 e 1977, período que inclui a Guerra Civil, o regime de Franco e os dois anos entre a morte do ditador e a celebração das primeiras eleições democráticas.
A ação foi ajuizada no país sul-americano por associações de vítimas, que não conseguiram abrir um processo na Espanha. Algumas dessas vítimas ofereceram testemunho por videoconferência à juíza direto da embaixada argentina em Madri. Fonte: Associated Press.
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