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Austrália diz que busca de avião da Malaysia Airlines levará muito tempo

O avião está desaparecido desde o dia 8 de março
09:56 | Abr. 12, 2014
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Tony Abbott, o primeiro-ministro australiano assegurou neste sábado, 12, que a busca no sul do Oceano Índico dos restos do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de um mês com 239 pessoas a bordo, levará muito tempo.

 "Tentar localizar algo situado a 4,5 km de profundidade no oceano, em uma zona perto de mil quilômetros do litoral é um trabalho enorme, e é provável que demore muito tempo", afirmou ele à imprensa.

 Na véspera, Abbott disse estar convencido de que os sinais acústicos recentemente detectados durante as buscas do voo MH370 são das caixas-pretas do avião.

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 "Reduzimos muito a área de busca e estamos muito certos de que os sinais são da caixa preta que registra os parâmetros de voo e os diálogos dos pilotos", revelou Abbott em Xangai antes de se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping.

 A Austrália coordena as buscas internacionais no sul do Oceano Índico para tentar encontrar o Boeing 777 da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo, quando realizava a rota entre Kuala Lumpur e Pequim.

 O vasto dispositivo naval e aéreo envolvido nas buscas na área onde a aeronave provavelmente caiu não foi capaz de encontrar seus vestígios até o último fim de semana, quando sinais de alta frequência, idênticos aos produzidos pelas caixas-pretas, foram captados pelo navio australiano "Ocean Shield".

 A origem dos sinais foi situada a mais de 2.000 km a noroeste de Perth, na trajetória estimada do Boeing 777.

 As equipes se lançaram então em uma corrida contra o relógio para encontrar as caixas-pretas do avião antes que as baterias das mesmas se esgotem.

 "Estamos entrando em uma etapa na qual o sinal, que confiamos ser das caixas-pretas, começa a se esgotar" com o fim das baterias, disse Abbott em Xangai.

 "Esperamos conseguir o máximo de informação possível antes que o sinal desapareça", acrescentou.

 As famílias dos passageiros chineses acusaram a Malaysia Airlines e as autoridades malaias de administrarem mal a situação e de esconderem informações, o que causou tensão entre Pequim e Kuala Lumpur.

 As investigações sobre o desaparecimento do voo MH370 incluem vários cenários: um desvio, sabotagem ou o ato desesperado de um passageiro ou tripulante. Mas nenhuma prova material foi encontrada para comprovar qualquer hipótese.

 

AFP

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