Rússia e Ucrânia aprovam trégua na Crimeia até dia 21
"Nenhuma medida será tomada contra nossas instalações militares na Crimeia durante esse período. Nossas instalações estão assim procedendo com uma recomposição dos suprimentos", comentou Tenyukh. Mesmo assim, a tensão continua elevada. O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, disse durante uma reunião do seu gabinete de governo que uma "performance circense" ocorre neste domingo na Crimeia, sob a direção russa. "Também tomam parte no espetáculo 21 mil soldados russos, que com suas armas estão tentando provar a legalidade do referendo", afirmou.
Enquanto isso, o senador norte-americano John McCain disse que os Estados Unidos deveriam pressionar mais o presidente russo, Vladimir Putin, e fornecer ajuda militar para a Ucrânia. Em uma entrevista para a emissora CNN após retornar de uma visita para a Ucrânia, ele comentou que os EUA precisam de uma "reavaliação fundamental" da relação com Putin. McCain explicou que a ajudar militar envolveria suprimentos humanitários e outras formas de cooperação, mas sem a presença de soldados norte-americanos em solo.
"Nós precisamos fornecer assistência militar de longo prazo, porque sabe-se Deus o que Vladimir Putin fará a seguir", disse o senador. Por enquanto, os EUA concordaram em enviar apenas alimentos para as tropas ucranianas, embora o governo de Kiev tenha solicitado armas, munição e apoio de inteligência.
Separadamente, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pressionou Putin a aceitar o envio de mais observadores internacionais para a Ucrânia, além de ter condenado a tomada de uma usina de gás no país por tropas russas. Em comunicado, o Kremlin afirmou que Putin disse a Merkel que o referendo está sendo realizado "em total concordância com as leis internacionais" e que a Rússia vai respeitar o resultado da consulta popular.
Putin também teria expressado preocupação com a elevação das tensões no leste e sul da Ucrânia, alimentadas pelo que ele chamou de "grupos radicais encorajados pelas autoridades de Kiev". Fonte: Dow Jones Newswires.
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