Forças leais à Rússia controlam terminal na Crimeia
O primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, pediu apoio político e econômico ao Ocidente e disse que a Crimeia ainda faz parte de seu país. Ele admitiu, porém, que não há opções militares até o momento.
A Rússia já assumiu o controle da península da Crimeia sem ter disparado um único tiro. As tensões entre a Ucrânia e a Rússia se intensificaram após os protestos que derrubaram recentemente o presidente Viktor Yanukovych, aliado de Moscou. Desde então, soldados que a Ucrânia diz serem russos se deslocaram para a Crimeia, patrulhando aeroportos, destruindo equipamentos em uma base aérea e cercando instalações militares.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu que o presidente russo, Vladimir Putin, retire suas tropas da região. Kerry deve viajar para a Ucrânia amanhã. O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, se reuniu com Yatsenyuk, e colocou um buquê de flores na Praça da Independência, em Kiev, onde dezenas de manifestantes foram mortos nos protestos recentes. Hague disse que a invasão da Crimeia trará sérias consequências para a Rússia, como possíveis sanções econômicas.
Putin vem insistindo que a Rússia tem o direito de proteger seus interesses e os da população que fala russo na Crimeia e em outras partes da Ucrânia. Embora a parte mais ocidental da Ucrânia queira se aproximar da União Europeia, as regiões ao sul e leste do país são mais alinhadas com a Rússia.
O ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, disse nesta segunda-feira que as tropas russas estão protegendo os cidadãos de seu país e a população que fala russo na Ucrânia. Segundo ele, a mobilização de soldados russos é necessária "até que a situação política se normalize". O ministro disse também que a comunidade global deve levar em consideração as lições da Segunda Guerra e evitar o que ele chamou de glorificação do fascismo.
No domingo, o grupo das nações mais desenvolvidas, conhecido como G-7, formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, suspendeu sua participação nos preparativos para o encontro do G-8 em Sochi, na Rússia, em junho. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
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