Missionário preso pede que Coreia do Norte o liberte
No passado, autoridades norte-coreanas promoveram entrevistas coletivas encenadas, onde os detidos são apresentados perante a mídia para fazer declarações das quais mais tarde se retratam. Kim disse a jornalistas que foi preso no dia 8 de outubro, depois de cruzar para a Coreia do Norte vindo da China, em uma tentativa de chegar a Pyongyang com Bíblias, materiais e filmes de instrução cristã. Ele disse não saber que tipo de punição iria enfrentar e afirmou ter solicitado a entrevista para mostrar à família que está bem.
Ele afirmou que havia se encontrado várias vezes com funcionários da inteligência sul-coreanos antes de entrar no Norte a partir da cidade fronteiriça chinesa de Dandong. Disse ainda ter recebido milhares de dólares da Coreia do Sul por seu trabalho. O prisioneiro afirmou que queria ir para a Coreia do Norte para estabelecer uma série de igrejas clandestinas para difundir o cristianismo. "Eu pensava em transformar a Coreia do Norte em um país religioso e destruir o atual governo e sistema político", disse Kim. "Eu recebi dinheiro dos serviços de inteligência (sul-coreanos), segui as suas instruções e arrumei norte-coreanos para agir como espiões. Também criei uma igreja clandestina na China, em Dandong, convenci os frequentadores a falar e escrever para que eu coletasse informações sobre a realidade da vida na Coreia do Norte e reportei isso para os serviços de inteligência."
A Coreia do Sul emitiu hoje uma declaração exortando a Coreia do Norte a libertar Kim rapidamente. "É difícil entender o enquadramento de um dos nossos cidadãos que se engajou em atividades puramente religiosas como um criminoso anti-Estado", disse o porta-voz do Ministério da Unificação, Kim Eui-do, em entrevista coletiva. Embora a Constituição da Coreia do Norte garanta a liberdade de religião, na prática apenas cultos sancionados são tolerados pelo governo. Fonte: Associated Press.
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