Participamos do

Lideres da oposição ucraniana buscam apoio em Berlim

17:12 | Fev. 17, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
Pró-europeus Klitschko e Yatsenyuk conversaram com Merkel e Steinmeier. Eles exigem sanções europeias contra governo da Ucrânia. Políticos alemães confirmam que Alemanha e UE se empenharão por uma solução da crise. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, recebeu nesta segunda-feira (17/02), em Berlim, os líderes oposicionistas ucranianos Vitali Klitschko e Arseni Yatsenyuk. Segundo um porta-voz do governo, Merkel assegurou que seu país e a União Europeia tudo farão para que a crise na Ucrânia tenha um bom desfecho. Ela considera como um passo positivo a anistia de Kiev para os manifestantes oposicionistas. Porém, disse, não se pode ficar parado: cabe agilizar os progressos na formação de governo e na reforma da Constituição. O porta-voz acrescentou que a chanceler federal deseja manter o diálogo tanto com a oposição quanto com o governo da Ucrânia. Após o encontro com Merkel, os pró-europeus Klitschko e Yatsenyuk também se encontraram com o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier. Antes, um porta-voz do ministério elogiara os desdobramentos dos últimos dias na Ucrânia. Assim como a libertação de numerosos presos, o fato de a oposição ter se retirado dos prédios governamentais que ocupava possibilitou a entrada em vigor da lei de anistia para os detidos durante os protestos, destacou o representante de Steinmeier. No entanto permanecem em aberto as "grandes questões" do país, como a reforma constitucional e a divisão do poder. Também nesta segunda-feira, o presidente alemão, Joachim Gauck, recebeu o encarregado do Parlamento Europeu para a Ucrânia, Aleksander Kwasniewski. Segundo fontes presentes à conversa, Gauck indagou sobre as perspectivas de sucesso de uma mesa redonda para mediação entre os partidos em conflito em Kiev. Apelos à Alemanha Falando à imprensa após o encontro com Merkel, o oposicionista Arseni Yatsenyuk observou que a Ucrânia se encontra numa fase dramática de sua história, acrescentando: "Vamos lutar até a vitória." Ele considera viável a adoção de sanções contra o governo do presidente Viktor Yanukovytch, como meio de avançar na solução da crise nacional. "Todas as opções estão sobre a mesa", anunciou o ex-presidente do Parlamento e ex-ministro do Exterior. Vitali Klitschko se manifestou de maneira semelhante quanto a eventuais sanções. "Há meses reivindicamos bloqueios de contas bancárias e interdição da entrada na UE para membros do governo. Agora queremos um sinal claro!" O líder da pró-ocidental Aliança Democrática Ucraniana pela Reforma (mais conhecida pela sigla Udar: "golpe" ou "soco" em ucraniano) solicitou que Berlim assuma uma postura forte na presente crise. "Não devemos subestimar o papel da Alemanha, em especial o da chanceler federal, que é uma das mais influentes personalidades políticas do mundo." Anteriormente, num artigo para o jornal alemão Bild, o ex-boxeador de 42 anos escrevera: "Eu gostaria que a Alemanha assumisse a liderança das mediações, precisamos urgentemente de mais observadores independentes no país." A biografia de Klitschko está intimamente associada à Alemanha. Depois de praticar kickbox e boxe amador, ele se mudou em 1996 para o país, justamente com o irmão Wladimir. Ambos passaram a se envolver na política ucraniana a partir da Revolução Laranja de 2004. Encerrando uma brilhante carreira profissional no boxe, que inclui três títulos de campeão mundial de peso-pesado, em 2013 Vitali entregou o cinturão, para se dedicar inteiramente à política. AV/dpa/afp

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente