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EUA e China firmam cooperação no combate ao aquecimento global

17:04 | Fev. 15, 2014
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Secretário de Estado americano, John Kerry, sela acordo com a China sobre medidas conjuntas para reduzir emissão de gases causadores do efeito estufa. Mais liberdade de acesso à internet também foi pauta em Pequim. Em uma declaração conjunta feita neste sábado (15/02), os Estados Unidos e a China assumiram uma série de compromissos para reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa, que retêm o calor solar na atmosfera e causam mudanças climáticas. "China e EUA irão trabalhar juntos [...] em cooperação, reforçando o diálogo político, que inclui o compartilhamento de informações sobre seus respectivos planos pós-2020 para limitar as emissões dos gases", traz a declaração. O documento esclarece que os dois países "se comprometem a dirigir esforços e recursos significativos a fim de garantir resultados concretos", que deverão ser apresentados durante a sexta edição do encontro bilateral Diálogo Econômico e Estratégico EUA-China, ainda neste ano. China e EUA são os maiores emissores de CO2 na atmosfera do mundo. Por causa das mudanças climáticas geradas pelo aumento da quantidade desses gases no meio ambiente, cientistas alertam para secas e condições meteorológicas cada vez mais extremas. A declaração cita ainda o "amplo consenso científico" sobre as mudanças climáticas e os impactos negativos no meio ambiente, assim como sobre "a poluição do ar resultante da queima de combustíveis fósseis". As duas partes chegaram a um acordo sobre a implementação de mudanças em cinco áreas: redução das emissões dos veículos, redes elétricas mais avançadas, captura e armazenamento de emissões de carbono, coleta de dados sobre os gases causadores do efeito estufa e melhoria da eficiência energética de construções. O secretário americano de Estado, John Kerry, garantiu que "a China e os EUA irão dedicar esforços extraordinários na troca de informações e na discussão de políticas que irão ajudar ambos a desenvolver e nortear padrões, que deverão ser anunciados no ano que vem para o acordo global sobre as mudanças climáticas". Relaxamento dos controles sobre a internet Kerry esteve em Pequim por apenas um dia e seguiu viagem para Indonésia, onde desembarcou neste sábado. Ainda na capital chinesa, ele se encontrou com blogueiros em uma reunião promovida pela embaixada americana. No encontro, o secretário de Estado defendeu mais liberdade na internet e prometeu investigara a suposta ajuda que empresas americanas estariam dando ao governo chinês para limitar o acesso ao conteúdo online no país, como a redes sociais. A acusação foi feita por Zhang Jialong, repórter da maior empresa chinesa de mídia social, a Tencent Finance, um dos quatro blogueiros presentes ao encontro. Ele ainda pediu aos EUA que ajudem os chineses que "aspiram por liberdade" e a "derrubar o grande firewall da internet" em seu país. "Pensamos, obviamente, que a economia chinesa irá se fortalecer através da maior liberdade na internet", afirmou Kerry. Zhang, que tem um microblog bastante popular, ficou três dias preso em 2011 após publicar comentários sobre os problemas do artista dissidente Ai Weiwei com as autoridades chinesas. Os microblogs na China, que se assemelham ao Twitter, tornaram-se uma ferramenta importante no direcionamento da opinião pública nos últimos anos. Através deles, ativistas conseguiram chamar atenção para a corrupção oficial, poluição e outros temas que desafiam o Partido Comunista da China. RC/ap/afp/rtr

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