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China e Taiwan realizam reunião de alto nível

15:20 | Fev. 10, 2014
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Taiwan e China realizam as conversações de mais alto nível desde que se separaram em meio a guerra civil 65 anos atrás, na expectativa de estimular contratos e aliviar tensões, embora os acontecimentos políticos na ilha autônoma estejam distantes do objetivo de Pequim, que é de uma unificação.

As discussões na cidade chinesa de Nanquim representam a interação de mais alto nível entre autoridades dos governos dos dois lados desde 1949 e representam uma aparente concessão de Pequim, que se recusa a reconhecer formalmente o governo de Taiwan.

Nenhuma agenda oficial do evento foi divulgada, mas o principal negociador de Taiwan, Wang Yu-chi, disse esperar que as discussões estabeleçam escritórios permanentes em cada um dos territórios e eleve a representação taiwanesa em organizações internacionais.

A China é irredutível em afirmar que Taiwan é parte de seu território e deve aceitar sua autoridade política, ameaçando atacar a ilha caso ela declare sua independência formal ou adie indefinidamente a unificação com o continente.

A abordagem menos conflituosa da China em relação a Taiwan foi adotada uma década atrás pelo ex-presidente Hu Jintao. O atual líder chinês Xi Jinping parece ter adotado a mesma tática, embora haja indicações de que ele deseja mais progressos nas questões políticas, além de questões econômicas e culturais.

"Não podemos levar esses problemas de geração em geração", disse Xi ao principal enviado taiwanês durante uma reunião internacional na Indonésia, realizada no ano passado.

O comércio entre Taiwan e China dobrou desde 2008, atingindo US$ 197,2 bilhões em 2013. Taiwan também registra um superávit comercial de US$ 116 bilhões com a China e é um dos poucos países da região que pode se orgulhar disso. Empresas taiwanesas têm investido centenas de bilhões de dólares no continente. Companhias como a Foxconn empregam milhões de funcionários que produzem iPhones, Playstations e outros produtos bastante conhecidos.

Taiwan também se beneficia bastante da abertura para os turistas chineses. Apesar disso, a oposição taiwanesa à unificação parece aumentar. Cerca de 80% dos habitantes da ilha apoiam a manutenção da situação como está.

A China espera atrair Taipé para sua órbita de influência. Uma medida prática neste sentido seria o desenvolvimento das relações entre a taiwanesa Fundação para a Troca no Estreito de Formosa e a chinesa Associação para Relações Através do Estreito de Formosa. Apesar de se tratar de dois grupos privados, eles funcionariam na prática como consulados, facilitando as comunicações e oferecendo serviços aos visitantes. Fonte: Associated Press.

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