Monsenhor do Vaticano é preso por lavagem de dinheiro
A polícia disse ter apreendido 6,5 milhões de euros em bens imóveis e contas bancárias nesta terça-feira, o que inclui um luxuoso apartamento em Salerno pertencente a Scarano, no interior do qual havia pinturas, cerâmicas e outras antiguidades.
Um padre local também foi colocado em prisão domiciliar e um notário foi suspenso por suposto envolvimento na conspiração para lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, no total, 52 pessoas estão sob investigação.
O advogado de Scarano, Silverio Sica, disse que seu cliente apenas recebeu doações de pessoas que ele pensava estarem agindo de boa fé para financiar um lar para doentes terminais. Ele admitiu, porém, que Scarno usou o dinheiro para pagar um financiamento imobiliário.
Scarano teria retirado 555.248 euros em dinheiro de sua conta no Vaticano em 2009 e levou o dinheiro para a Itália. Como não podia depositá-lo numa conta sem levantar suspeitas, ele selecionou 50 amigos para receber 10 mil euros cada em dinheiro em troca de um cheque ou transferência bancária no mesmo valor.
O dinheiro então foi usado para pagar o financiamento de um imóvel em Salerno, de propriedade de uma empresa da qual Scarano é sócio.
As investigações da Santa Sé sobre as atividades bancárias de Scarano mostraram que cerca de 7 milhões de euros entraram e saíram de suas contas no Vaticano na última década.
A documentação do Vaticano chegou às mesas dos promotores de Salerno nas últimas semanas, o que levou a uma nova detenção do monsenhor nesta terça-feira, informaram meios de comunicação italianos.
A primeira prisão de Scarano, em junho, levou à renúncia dos dois principais diretores do Banco do Vaticano e acelerou as medidas para colocar as instituição em conformidade com as normas internacionais contra a lavagem de dinheiro. Fonte: Associated Press.
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