Síria: líder da oposição quer negociar paz com Assad
Os opositores do regime de Assad estão divididos entre grupos políticos e militares, muitos deles sem contato e em desacordo uns com os outros. Os grupos políticos variam de liberais seculares a extremistas islâmicos ligados à Al-Qaeda, enquanto muitas das unidades rebeldes armadas operam de forma independente. As divisões têm dificultado o progresso da oposição e dissuadido potenciais apoiadores do envio de significativos suprimentos de armas ou fundos.
Al-Khatib foi escolhido, em novembro, para chefiar a Coalizão Nacional Síria, um novo grupo criado para representar a maioria dos rebeldes e acalmar as preocupações do Ocidente sobre a capacidade de a oposição se unir e apresentar uma alternativa viável ao regime de Assad. Sua oferta para conversar com funcionários do governo ameaçou romper novamente a oposição. Depois dos protestos, Al-Khatib disse que estava apenas expressando sua própria opinião.
Na semana passada, o governo sírio informou que permitiria um retorno seguro a Damasco para alguns líderes da oposição para realizar um "diálogo nacional" - a oferta foi rejeitada pela maioria dos líderes oposicionistas. A sugestão veio após um recente discurso de Assad em que ele propôs uma iniciativa de paz que inclui o diálogo nacional e um novo governo e Constituição.
Em uma surpreendente reviravolta, Al-Khatib afirmou que estava disposto a conversar com representantes do regime de Assad "no Egito, Turquia ou Tunísia", com a condição de que o governo liberasse milhares de presos políticos e renovasse todos os passaportes expirados de sírios no exterior - uma referência aos líderes da oposição exilados e aos ativistas que foram despojados de seus passaportes.
Não houve resposta imediata do governo sírio sobre a proposta de Al-Khatib. As informações são da Associated Press.
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