Participamos do

Chávez ficará no cargo ainda que não possa assumir dia 10, diz Maduro

08:58 | Jan. 05, 2013
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, continuará no poder ainda que não possa assumir, conforme estava previsto, em 10 de janeiro, uma "formalidade" que será resolvida posteriormente no Supremo Tribunal, afirmou esta sexta-feira o vice-presidente, Nicolás Maduro.

"O período constitucional 2013-2019 começa em 10 de janeiro. No caso do presidente Chávez, que é um presidente reeleito, ele continua em funções e a formalidade de seu juramento poderá ser resolvida perante o TSJ" (Supremo Tribunal de Justiça), disse Maduro, em entrevista ao canal oficial VTV, em alusão ao prazo original estabelecido para que Hugo Chávez tome posse para um novo mandato de seis anos.

O vice-presidente fez estas declarações ao ser consultado sobre a hipótese de que o mandatário, hospitalizado desde 11 de dezembro em Cuba, não possa assumir na próxima quinta-feira o terceiro mandato de seis anos após ser reeleito, em 7 de outubro.

Herdeiro político de Chávez, Maduro disse que o Supremo resolverá "o momento" do juramento "em coordenação" com o presidente.

Hugo Chávez, de 58 anos, 14 deles no poder, foi "reeleito por vontade da maioria nacional em um evento eleitoral absolutamente transparente e legítimo", acrescentou.

Desta forma, Maduro excluiu que a possível ausência do presidente perante a Assembleia Nacional na semana que vem leve a declarar sua ausência e a nomeação temporária do titular do Legislativo, como demanda a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Maduro acusou, ainda, a oposição venezuelana de manipular as teses de "golpe rápido" e "golpe lento" às vésperas do 10 de janeiro.

Na direita venezuelana, "as posições se movem entre a ignorância e a maldade, quando se escuta o senhor Aveledo declarar (...), ele esgrime falando e por escrito uma tese de golpe acelerado, de golpe rápido", disse Maduro, em alusão ao secretário-executivo da coalizão opositora MUD, Ramón Guillermo Aveledo.
AFP

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente