França vai acusar 13 radicais islâmicos de terrorismo
Procurador de Paris anuncia investigação dos suspeitos, que foram detidos em operações policiais após os ataques de Toulouse. Alguns deles são acusados de planejar o sequestro de um juiz.
Treze dos 19 supostos radicais islâmicos que foram detidos na última sexta-feira na França serão investigados pela acusação de atividades terroristas, anunciou o procurador de Paris, François Molins, nesta terça-feira (03/04).
Os suspeitos foram detidos numa operação policial iniciada após os ataques na cidade de Toulouse, nos quais o atirador Mohamed Merah matou sete pessoas.
Molins afirmou à imprensa que alguns dos detidos planejavam sequestrar um juiz de Lyon, mas o plano não chegou a ser iniciado. Três dos 19 detidos foram libertados sem acusação. Quanto aos que serão acusados, nove serão mantidos em prisão preventiva e os outros quatro poderão ser soltos mediante pagamento de fiança.
Segundo o procurador, os 13 a serem investigados são suspeitos de pertencer ao grupo salafista Forsane Alizza ou os Cavaleiros do Orgulho , que ganhou destaque após convocar um boicote a uma unidade do McDonald's, acusando a cadeia de fast food de estar a serviço de Israel. Entre os acusados está o líder do grupo, Mohamed Achlamane, em cuja residência foram aprendidas várias armas.
"Em primeiro lugar, deixe-me dizer que não há ligação alguma entre este caso e o caso Merah", ressaltou Molins. Entretanto, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou, numa entrevista à emissora de TV Canal+ nesta terça-feira, ver uma conexão entre os acontecimentos e prometeu acabar com qualquer forma de militância após os ataques de Merah. "Decidimos que é tolerância zero", disse.
Nesta segunda-feira, a França havia anunciado a expulsão de cinco pregadores islâmicos radicais um argelino, um maliano, um saudita, um turco e um tunisiano como parte da repressão na sequência do caso Merah.
LPF/lusa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler