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AFP - Líderes de protestos de 1989 pedem direito de retorno a China

07:32 | 08/04/2012
Pequim, 8 Abr 2012 (AFP) - Líderes do movimento estudantil pró-democracia da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) de Pequim em 1989 e dissidentes pedem ao governo chinês que permita o retorno ao país, em uma mensagem divulgada pela organização Human Rights in China (HRIC). "Por razões políticas, nos negam a renovação de nossos passaportes, ou foram invalidados, ou negam nossa entrada na China. Fomos espoliados de nosso direito de retornar ao nosso país", afirmam Wang Dan, Wu'er Kaixi, Hu Ping, Wang Juntao, Wu Renhua e Xiang Xiaoji. Na mensagem eles pedem ao governo que renuncie à "antiga prática de não autorizar o regresso dos dissidentes ao país" e manifestam a disposição a "respeitar os princípios de abertura e boa-fé" para discutir com as autoridades chinesas para "solucionar concretamente o problema". Wang Dan e Wu'er Kaixi são duas das principais figuras dos protestos de 1989, quando iniciaram uma greve de fome antes da repressão do movimento. Centenas, ou milhares dependendo da fonte, de pessoas morreram na madrugada de 3 para 4 de junho de 1989 quando o Partido Comunista enviou blindados militares para acabar com sete semanas de manifestações no centro de Pequim, apresentadas pelo regime como uma "revolta contrarrevolucionária". Wang Dan foi condenado a quatro anos de prisão em 1991, libertado em 1993 e condenado de novo a 11 anos de prisão em 1996 por textos publicados no exterior, antes de ser liberado por "razões médicas" antes de uma visita a China do então presidente americano Bill Clinton e viajar aos Estados Unidos. Wu'er Kaixi, que pertence à minoria uigur, conseguiu fugir para Hong Kong e depois França. Atualmente mora em Taiwan. Hu Ping é um dos principais colaboradores da revista dissidente Beijing Zhi Chun (Primavera de Pequim). O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, destacou recentemente a necessidade de uma "reforma do sistema político" na China e se comprometeu a dar mais opções aos eleitores no nível municipal, mas sem que as mudanças questionem o papel de direção do Partido Comunista. boc/fp

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