Ceará: taxa de mortalidade por aids cai de 3,2 para 2,2 entre 2014 e 2024

Ceará: taxa de mortalidade por aids cai de 3,2 para 2,2 entre 2014 e 2024

Dados são do Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2025, divulgado neste mês pelo Ministério da Saúde

Ceará foi o segundo estado com maior incremento na taxa de pessoas vivendo com HIV ou aids entre 2023 e 2024. Os maiores percentuais de incremento foram registrados no Mato Grosso do Sul (16,2%), Ceará (12,1%) e Amapá (9,2%). Por outro lado, a taxa de mortalidade (100 mil habitantes) padronizada caiu de 3,2 em para 2,2 entre 2014 e 2024. Dados são do Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2025, divulgado neste mês pelo Ministério da Saúde. 

No período citado, as capitais São Paulo (47.328), Rio de Janeiro (3.910), Manaus (2.70), Fortaleza (1.579) e Salvador (1.004) concentraram os maiores quantitativos de pessoas vivendo com HIV ou aids.

A taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de HIV no Ceará notificados no Sinan ou registrados no Siscel/Siclom saiu de 11, 4 em 2014 para 16,8 em 2024. No caso das aids, a taxa de detecção das notificações no Sinan ou declarados no SIM ou registrados no Siscel/Siclom saiu de 14,6 em 2014 para 18,5 em 2024.

Por outro lado, Estado tem o sexto menor índice composto de 2020 a 2024, conforme o boletim do MS, com 4,6. O índice composto é uma medida utilizada para avaliar o desempenho das Unidades Federativas, capitais e municípios com 100 mil habitantes ou mais, a partir de um conjunto de indicadores selecionados.

Esse conjunto inclui a taxa de detecção de aids, a taxa de detecção de aids em crianças menores de 5 anos, a taxa de mortalidade por aids e a primeira contagem de CD4 (um tipo de linfócito T) nos últimos cinco anos.

Segundo o informe, locais com os menores valores do índice composto indicam melhor desempenho nos indicadores avaliados. "Nesses territórios, é provável que haja maiores coberturas de serviços, organização mais estruturada da rede de atenção e proporção mais alta de pessoas vivendo com HIV diagnosticadas com contagem de linfócitos T CD4+ normal na primeira avaliação", detalha o boletim. 

Três estados da Região Norte ocupam as primeiras posições: Roraima (7,2), Amazonas (6,0) e Pará (5,7). Em sentido oposto, os menores índices foram observados em São Paulo (4,2) e Minas Gerais (4,1).

O País eliminou a transmissão vertical do HIV e registrou o menor número de mortes por aids em 30 anos. Entre 2014 e 2024, observou-se uma redução de 37% na taxa padronizada de mortalidade por aids no Brasil, que passou de 5,4 para 3,4 óbitos por 100mil habitantes.

Em entrevista à radio O POVO CBN, Luan Victor, infectologista do Hospital São José, destaca que o diagnóstico não é mais uma "sentença" como era anteriormente. Ele frisa que a campanha Dezembro Vermelho surge para conscientizar sobre a profilaxia (prevenção) e falar para o paciente já diagnosticado que "não é o fim da linha". 

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca o sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra doenças. Quando o vírus não é tratado, ele pode evoluir para a aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV.

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