Funcionário é acusado de aliciar aluna de 11 anos em escola pública de Fortaleza
Suspeito era voluntário na Escola Pública Mozart Pinto e teria trocado mensagens íntimas com a vítima. O caso é investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca)
12:40 | Dez. 01, 2025
Um funcionário que atuava como monitor voluntário na Escola Pública Mozart Pinto, no bairro Jardim América, em Fortaleza, foi acusado de aliciar uma aluna de 11 anos de idade. O caso foi descoberto pela mãe da vítima após encontrar bilhetes e mensagens íntimas trocadas entre o suspeito e a filha.
Conforme a denúncia, feita no dia 24 de novembro, os recados foram registrados durante o mês de outubro no diário da vítima. Além disso, a aluna relatou que o suspeito a abraçava de maneira diferente dos outros alunos. Após descobrir a situação, o suspeito foi confrontado pelos pais da aluna e tentou subornar a família para que o caso não fosse denunciado.
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A mãe da aluna, no entanto, registrou a denúncia por meio de um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). Ela também teria descoberto que o suspeito mantinha um perfil fake nas redes sociais em que seguia apenas crianças.
O POVO opta por não divulgar o nome da mãe para preservar a identidade da vítima.
No dia seguinte, o caso foi levado à direção da escola e, segundo a denunciante, a gestão tentou omitir a situação. O monitor foi demitido da instituição na mesma semana, mas, apesar da medida, a denúncia aponta que a escola não ofereceu acolhimento ou apoio à criança.
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A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou, em nota, que o voluntário suspeito foi desligado da função e que a direção da escola tem “adotado todas as medidas legais e administrativas necessárias”. O órgão afirmou que a vítima e a família contam com apoio psicológico e assistencial.
Em nota, a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) informou que o caso de aliciamento contra a criança é investigado por meio da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). O órgão não informou se o suspeito foi preso diante das acusações.
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