Falta de água: abastecimento ainda não foi retomado; população destaca prejuízos

Relatos sobre os prejuízos da pausa no abastecimento são de residentes de bairros como Aldeota, Conjunto Ceará e Bairro de Fátima, além do Eusébio

10:30 | Set. 11, 2025

Por: Bárbara Mirele
Imagem de apoio ilustrativo. Moradores de alguns bairros de Fortaleza relataram que mesmo após o horário estabelecido pela Cagece, a água não retornou (foto: Pexels / Helena Lopes)

Nesta quinta-feira, 11, alguns bairros de Fortaleza e de cidades na Região Metropolitana continuam sem água após interrupção no fornecimento na quarta-feira, 10.  

Relatos sobre os prejuízos da pausa no abastecimento são de residentes de bairros como Aldeota, Conjunto Ceará e Bairro de Fátima, além do Eusébio. 

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Em um aviso da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), em função da pressurização do sistema, algumas áreas, especialmente as mais elevadas ou distantes da estação de tratamento, o equilíbrio total do sistema poderá ocorrer em até 48 horas após a conclusão dos serviços.

A paralisação mesmo era prevista entre 5h e 20 horas. 

De acordo com informações divulgadas pela gerência de um condomónio no Eusébio, o abastecimento para este município, Fortaleza, Maracanaú, Aquiraz, Itaitinga e Pacatuba só deverá retornar Às 00h desta quinta. Foi feita a ressalva novamente sobre a possibilidade de se estender para as 48 horas. 

Já em outro condomínio de Fortaleza, a informação que circulava era sobre o retorno da água às 13 horas. 

Falta de água afeta moradores e trabalhadores de vários bairros

A comerciante Graciele Santos conta que é muito difícil trabalhar em uma lanchonete com a falta de água. A moradora do Conjunto Ceará relata que “deu um jeito” para não ter prejuízos.

“Fechar um dia já é complicado. A gente trabalhou ontem e ainda tivemos que pegar água para lavar as coisas, só que acabou. Não tenho mais na caixa, não tenho mais de onde tirar [água]", relata.

Graciele questiona por que a Cagece não realiza o trabalho em outro período. “Por que que não faz esse serviço no período da noite? (...) Todo mundo precisa de água. [Tá] um caos total. E hoje não sei se eu vou abrir meu comércio. Não tem condições de trabalhar sem água", reclama.

Moradora do Bairro de Fátima, a universitária Lília Oliveira conta que a pressão da água começou a ficar fraca por volta das 10 horas do dia anterior.

“Além da gente ficar sem água tomar banho e lavar roupa, [ficamos] sem água pro mínimo. Estava comentando com a minha família, que de tudo o que falta numa casa, o pior é a água, justamente porque impossibilita da gente ter uma rotina normal".

“Até esse exato momento, que são 8h42min da manhã, continuamos sem água. Falei com outros moradores aqui da rua e todos também estão sem água", completa.

Auxiliar de saúde bucal em uma clínica odontológica do bairro Joaquim Távora, Larissa Moraes, relata que o local teve prejuízos por conta da falta do abastecimento de água.

“Na clínica nós trabalhamos tanto com procedimentos estéticos como cirúrgicos. E por conta disso, além de estar atrasando a demanda de atendimento, tá gerando um certo caos".

Larissa conta que além do prejuízo financeiro ao estabelecimento, os pacientes também sofrem uma perda. “Por conta da remarcação que tem de ser feita. Acaba alterando totalmente a agenda”.

“Afeta a questão da limpeza da clínica, porque além de ser um ambiente restrito, precisa estar em ordem, ter uma limpeza adequada", finaliza Larissa.

O POVO contactou a Cagece para saber mais detalhes sobre a situação. A Companhia ainda não deu um retorno. A matéria será atualizada quando houver uma resposta.