Suspeito da execução de irmãs no Pirambu tem prisão convertida em preventiva

Crime teria sido uma ordem da organização criminosa, pois as vítimas estavam "falando demais" após a morte de um familiar

18:02 | Set. 07, 2025

Por: Jéssika Sisnando
Imagem de apoio ilustrativo. Duas mulheres foram mortas a tiros na avenida Leste-Oeste (foto: FCO FONTENELE)

Davi Lucas da Silva, suspeito de ser o autor do duplo homicídio das irmãs Francisca de Fátima Machado de Sousa, de 65 anos, e Antonieta Machado de Sousa, de 56 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

O crime aconteceu na quinta-feira, 4, no Pirambu, em Fortaleza, a mando de uma facção criminosa. As vítimas teriam sido mortas por "falar demais" após a morte de um familiar. A audiência de custódia aconteceu no sábado, 6. 

A defesa solicitou o relaxamento da prisão de Davi e da realização de um exame . Já o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) requereu homologação do flagrante e conversão da
prisão em flagrante em prisão preventiva, por razões de ordem pública, em razão da .

O MPCE ainda requereu a quebra de sigilo dos dados do aparelho de celular apreendido. O juízo homologou a prisão em flagrante e converteu a prisão para preventiva. Assim como acolheu o pedido da defesa, sobre a realização do exame residuográfico. 

"No caso, havendo o custodiado sido indiciado pela prática do crime previsto no art. 121, §2º, do Código Penal, em face de duas vítimas, praticado supostamente como forma de retaliação realizada por organização criminosa, contra a conduta de populares, que, em tese, estariam "falando demais", compreendo que a medida postulada se sustenta no objetivo precípuo de garantir a ordem pública, evidenciando-se a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, conforme alude o art. 312 do CPP", relata. 

Vítimas perderam um familiar para violência e buscavam Justiça 

As duas vítimas eram a mãe e a irmã de uma vítima de homicídio. Elas estariam em busca de Justiça pelo familiar e planejavam vender a casa para se mudar.

Os criminosos faccionados acreditavam que as duas mulheres forneceram informações à Polícia sobre a autoria dos crimes. Elas foram alvo de disparos de armas de fogo e morreram no local.