Skatista de 15 anos é assassinado no bairro Vicente Pinzón

Jovem teria sido levado para beco do bairro Vicente Pinzon, onde o crime foi cometido; morte foi confirmada pela Federação Cearense de Skate

11:06 | Jul. 01, 2025

Por: Kleber Carvalho
Jovem participou de campeonatos regionais e estaduais na carreira como skatista (foto: Reprodução/Instagram via @fesk_skateboard)

Um skatista cearense de 15 anos foi assassinado no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza, na segunda-feira, 30. Marco Felipe, ou “Felipe Maracajá”, como era conhecido, teria sido morto por membros de uma facção criminosa em um beco.

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A morte do jovem foi confirmada ainda na noite da segunda-feira pela Federação Cearense de Skate (Fesk). Em nota divulgada nas redes sociais, a entidade lamentou o falecimento do jovem e pontuou que ele é o segundo skatista morto em menos de seis meses no Ceará.

Imagens que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que o jovem é abordado por um grupo de faccionados. As imagens mostram quando os suspeitos pegam o celular de Felipe e indicam mensagens de grupos de WhatsApp que o associariam à facção Comando Vermelho.

Competidor no skate desde a infância, Felipe chegou a participar de seletivas em outros estados e representou o Ceará em torneios nacionais, como o Campeonato Brasileiro de Skateboarding.

Ainda na nota, a Fesk ressaltou a constante ameaça das facções para os jovens nas periferias e criticou a atuação das forças de segurança do Estado. Confira trecho da nota:

"Mesmo sem envolvimento, o risco é diário. Basta morar no "lugar errado". O skate salva. O skate transforma. Mas não basta. Precisamos de políticas públicas reais, permanentes. Esporte orientado, acesso à cultura, lazer seguro, renda digna e direito de viver — e sonhar — nas periferias. Quando um jovem morre, toda a sociedade morre um pouco. Toda mãe sente. Todo pai sangra. Os amigos choram. Não é natural enterrar adolescentes. Felipe Maracajá vive em nossas memórias, nas pistas e no grito de quem segue lutando por justiça. Por paz. Pela vida da juventude periférica", disse a Fesk.

O POVO procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para mais informações sobre o caso e aguarda retorno.

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