Homem é preso com celular de um dos jovens mortos em "tribunal do crime" no Aracapé
Francisco Ronaldo Lima dos Santos negou envolvimento nas mortes de João Manuel Duarte Alves e Iago Evangelista Barros, mas confessou ser membro de facção criminosa
Um homem foi preso nesse domingo, 29, durante as diligências realizadas pela Polícia Civil para apurar os assassinatos de dois jovens de 19 anos, crime ocorrido no mesmo dia no bairro Aracapé, em Fortaleza. Com Francisco Ronaldo Lima dos Santos, de 34 anos, foi encontrado o celular de uma das vítimas, João Manuel Duarte Alves.
Francisco Ronaldo negou envolvimento com o duplo homicídio, mas confessou ter um cargo de liderança na facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). Ele disse ser o Sintonia Final (STF) da facção na região, cuja função é “resolver problemas na comunidade”.
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A Polícia Civil chegou até Francisco Ronaldo após receber a informação de que o celular de João Manuel ainda estava com a localização ativa. O aparelho indicava estar em um condomínio residencial do bairro Parque Presidente Vargas.
Conforme o Auto de Prisão em Flagrante (APF), quando os policiais chegaram ao local, Francisco Ronaldo saiu, voluntariamente, de dentro de casa e indicou estar em posse de armas de fogo.
Com ele, a Polícia apreendeu uma espingarda calibre 12 e uma pistola artesanal. Os policiais receberam a informação de que o suspeito forneceria armas para a GDE.
Francisco Ronaldo foi autuado em flagrante por posse ilegal de armas de fogo e por integrar orgnização criminosa. Em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, 30, ele teve a prisão preventiva decretada.
Saiba mais sobre o duplo assassinato
Conforme a Polícia Civil, João Manuel e Iago Evangelista Barros estavam em uma festa, acompanhados de um outro amigo, quando foram sequestrados, durante a madrugada, por integrantes da GDE. Vídeo, gravado por uma mulher ainda não identificada, mostram os dois sendo submetidos a um interrogatório.
Eles foram questionados se tinham apelidos, onde moravam e se eram ou tinham familiares integrantes de facção. Os dois negaram serem faccionados, mas, ainda assim, foram mortos a tiros. O terceiro amigo não foi morto.
Existe a suspeita de que o fato das vítimas morarem no bairro Planalto Ayrton Senna tenha motivado o crime, já que eles viriam de uma região onde atua uma facção rival à que atua no Aracapé.
A 9ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continua investigando o caso para identificar suspeitos de envolvimento no duplo assassinato.
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