Família de mulher que resgata cachorros na rua pede ajuda para levá-la a SP
Os familiares de dona Maria Luiza a encontraram por meio de uma matéria publicada no O POVO e por vídeos nas redes sociais
A família de Maria Luiza — a moradora de rua que resgatou três cachorrinhas que sofriam maus tratos – está mobilizando uma arrecadação de dinheiro para levá-la para São Paulo, onde as irmãs e os sobrinhos moram. Dona Luiza foi localizada pela família por meio de uma matéria do O POVO, publicada em 26 de janeiro.
Simone do Carmo, sobrinha de Luiza que mora em São Paulo, disse que até pouco tempo antes de ver a matéria, não sabia o paradeiro da tia — muito menos que ela vivia em situação de rua em Fortaleza.
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“Ela sempre morou no Ceará, e minha mãe e minha tias se mudaram para São Paulo há mais ou menos 40 anos. Só elas tiveram convívio com a tia Luiza, eu não a conheço”, conta. “Há um mês, a gente viu a matéria com ela e gravaram um vídeo dela dizendo que queria retornar para Reriutaba, que era onde minha avó morava.”
Ela relata ainda que o vídeo chegou até a cunhada de um primo que vive no Rio de Janeiro, e ele enviou a postagem no grupo da família.
“Quando enviaram o vídeo, minha mãe e minha tia reconheceram ela dizendo ‘é a Maria Luiza, minha irmã e tia de vocês’”, continua. “Começamos a seguir as páginas que estavam postando o vídeo dela e comentamos que ela é da nossa família. As pessoas se solidarizaram com a situação e foram atrás dela para dar comida e ajudá-la.”
O contato que Simone teve com a tia foi por meio de uma fortalezense que se solidarizou com a situação, foi até o local onde Luiza estava e levou comida e água para a senhora.
Em uma tentativa de aproximar a família, Simone está mobilizando uma vaquinha para pagar a viagem a tia e o primo, João, até São Paulo e conseguir um lugar para eles morarem por perto. A arrecadação está sendo feita por meio do site Vakinha Online ou em contato com Simone via redes sociais.
“A gente não sabe o que aconteceu com ela, só sabemos que ela entrou nessa situação na pandemia; roubaram os documentos dela e ela ficou sem o auxílio que recebia. Queremos ajudá-los de alguma forma”, completa a sobrinha.