Canoagem na orla: passeios atraem amantes do remo e reforçam preocupação com segurança

Cresce movimento de praticantes de esportes em alto-mar e frequentadores reforçam importância de cuidados como o uso de salva-vidas após acidente com remadora

Com o aumento da prática de esportes náuticos na orla de Fortaleza, os passeios de canoa têm conquistado cada vez mais adeptos na Capital. Mas a crescente movimentação também reforça a preocupação com segurança e o uso de itens indispensáveis como o salva-vidas, que se tornou ainda maior após o acidente com uma remadora na última semana.

De acordo com permissionários que atuam nos espaços de apoio aos esportes do mar (stand-up paddle, caiaque e canoagem) em pontos espalhados desde a Praia de Iracema até a do Mucuripe, o movimento durante o domingo, 30, foi "normal", com frequentadores que apresentaram um pouco mais de receio e outros maior interesse em conhecer os equipamentos de proteção utilizados.

“As pessoas estão vindo normalmente, mas perguntam. E a gente reforça a segurança que sempre teve: desde o colete salva-vidas até o leashe [corda que prende a canela do atleta ao equipamento] e o remo reserva”, explica o instrutor e atleta Fábio Santiago, da escola Kayakeria.

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Santiago destaca que “o movimento vem crescendo bastante, tanto para uso recreativo, com iniciantes, quanto para atletismo, com pessoas mais experientes, porque a canoagem é uma prática que pode ser realizada para lazer, para competição ou simplesmente para criar um contato com a natureza”.

O instrutor Arisson dos Santos, que também atua na escola, levou os sobrinhos de 5 e 10 anos com a namorada para um passeio de canoa e acentua que os cuidados são indispensáveis, uma conscientização que também busca repassar às crianças.

“A segurança é o que a gente sempre preza, em qualquer que seja o equipamento. Sempre usar o colete salva-vidas, sempre colocar o leash ou o strap, que é uma corda de segurança, e respeitar o limite de circulação, que é sinalizado e orientado antes da pessoa entrar para fazer o percurso”, diz.

FORTALEZA, CEARÁ, 30-04-2023: Movimentação de caiaques na praia do Náutico, após o incidente com uma praticante do esporte. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo).
FORTALEZA, CEARÁ, 30-04-2023: Movimentação de caiaques na praia do Náutico, após o incidente com uma praticante do esporte. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo). (Foto: FERNANDA BARROS)

“O protocolo de segurança aqui é o mesmo, todas as escolas que funcionam aqui ao longo do Mucuripe cumprem todas as normas de segurança que a Marinha exige. A gente adota o colete para tudo, mesmo que sejam distâncias mais curtas”, garante uma instrutora de outra escola que prefere não se identificar.

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“Além dos itens de segurança, tem sempre um instrutor pela água. A gente exige uso, não permite que as pessoas desçam do equipamento para a água, exatamente para resguardar se caso aconteça algo a gente consiga agir, tudo sempre dentro do nosso campo de visão, que fica sinalizado pelas boias com bandeiras”, assegura.

Ela afirma que há uma fiscalização constante da Prefeitura ao longo da faixa de areia e da Marinha pela água em relação ao uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mas chama a atenção para o fato de que o posto de guarda-vidas dos bombeiros mais próximo fica distante e não alcança a extensão da área.

FORTALEZA, CEARÁ, 30-04-2023: Movimentação de caiaques na praia do Náutico, após o incidente com uma praticante do esporte. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo).
FORTALEZA, CEARÁ, 30-04-2023: Movimentação de caiaques na praia do Náutico, após o incidente com uma praticante do esporte. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo). (Foto: FERNANDA BARROS)

“Muitas vezes nós mesmos é que socorremos banhistas por aqui em situações de afogamento, então falta um ponto de apoio mais próximo daqui, seja circulando pela praia ou naquelas torres para ter uma visão mais ampliada. É um socorro profissional e acaba sendo uma proteção a mais”, aponta.

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