Combate ao Aedes aegypti: 400 mil imóveis devem ser visitados até fevereiro

Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza projeta que 50 bairros da Capital recebam ações de combate ao mosquito durante os próximos quatro meses

A fim de prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti na Capital, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), deu início à operação Inverno 2022/2023. Cerca de 400 mil imóveis devem ser visitados por 1.100 agentes de endemia até o fim do mês de fevereiro.

A operação tem início no mês de novembro, para que boa parte do trabalho possa ser realizado antes da quadra chuvosa, que ocorre entre os meses de fevereiro e maio. O ponto de partida foram os bairros Conjunto Ceará I e II, visitados na manhã desta quinta-feira, 3; 11 mil residências nesta região devem ser vistoriados.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"Hoje, temos 550 agentes de endemias fazendo um trabalho focal, visitando as casas. Paralelamente a isso, temos a operação quintal limpo, na qual distribuímos sacos para remoção de objetos sem utilidade", destaca o coordenador da Vigilância em Saúde da SMS, Nélio Morais.

Até o fim da operação, 50 bairros de Fortaleza serão visitados pelos agentes. Segundo Morais, os locais serão escolhidos com base no cenário epidemiológico. O coordenador destaca a importância de a população receber os agentes para supervisão do espaço, pois 80% dos focos dos mosquitos são encontrados nas residências.

"É preciso que seja um trabalho de mãos dadas. Foram dois anos sem visitas de forma ampliada devido à pandemia. É importante que cada pessoa faça uma supervisão da sua casa para evitar a proliferação."

Tanques, tambores e potes são os recipientes inutilizados mais encontrados por agentes durante o trabalho de combate ao mosquito. A campanha também alerta para o fato de o Brasil passar por a sua quinta epidemia de dengue desde 2013.

Visando aumentar o número de pessoas que serão visitadas, os agentes passam a trabalhar de forma territorializada, em que uma mesma equipe atende determinada região. A ação busca diminuir a sensação de insegurança dos moradores de abrirem as portas para uma pessoa desconhecida.

"Eles estão sempre na mesma hora, o que torna o trabalho mais fácil de ser observado por um grupo de proprietários que vivem em uma mesma região. Isso também facilita o trabalho do agente, que conhece as condições do bairro", pontua Morais.

Na operação Inverno 2021/2022, mais de 8 mil focos de mosquitos foram eliminados. Levando em consideração somente o ano de 2022, entre janeiro e outubro, a Vigilância Ambiental de Fortaleza realizou mais de 1,8 milhão de visitas domiciliares, resultando em 41 mil focos eliminados.

Para a empresária Marina Santos, 43, moradora do Conjunto Ceará há dez anos, o bairro necessita do trabalho dos agentes. "É muita doença. A gente fica toda picada. É muita gente com chikungunya e dengue. É muito ruim, à noite a gente não consegue dormir", relata.

Já Vera Moreira, 43, que mora e trabalha na região, constata que o problema é antigo. "Quase todo mundo da minha rua já teve. Aqui sempre teve muito mosquito e todas essas doenças", afirma a comerciante.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Aedes aegypti Dengue Chikungunya Zika

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar