Hospital Geral dos Brinquedos em Fortaleza tem média de 200 clientes mensais

Há mais de três décadas no mercado, espaço é bastante procurado por avós e tios, que buscam recuperar brinquedos para netos e sobrinhos

Diante do cenário desafiador das tendências de mercado, o Hospital Geral dos Brinquedos resiste, há quase quatro décadas, no Centro de Fortaleza. De segunda a sexta-feira, o comércio está aberto das 8h30min às 17h30min. Aos sábados, o horário de funcionamento é das 8h30min às 14 horas.

"Já são 36 anos que estou no ramo. Sempre funcionamos aqui no Centro. Digo que são 36 anos como proprietário, mas antes já havia trabalhado quatro anos em uma autorizada de brinquedos", conta Ednaldo Barreto, 56, que é o dono e o "médico" dos brinquedos que chegam danificados.

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Localizado na rua General Sampaio 1426, na esquina do cruzamento com a avenida Duque de Caxias, o local é discreto por fora, mas surpreende por dentro. A quantidade de brinquedos danificados impressiona.

"Por dia, nós recebemos cerca de cinco a sete clientes. Em um mês, são mais de 200, em média. Não tenho como precisar o valor do atendimento, porque cada caso é um caso", explica Ednaldo. Ele conta que o negócio já foi mais lucrativo, principalmente na década de 1990 e no início dos anos 2000, mas garante que o ramo ainda é bom.

"Já tive funcionários. Hoje, somos eu, minha esposa e dois filhos. Um deles está terminando Direito, tudo isso com o que conseguimos aqui dentro. Ele trabalha um período, no outro, ele faz o estágio e à noite a faculdade", relata.

Sobre as mudanças de gerações e na funcionalidade dos brinquedos, o proprietário diz que é preciso buscar novos conhecimentos de forma contínua. Ele conta que a internet é uma aliada no processo, é nela que Ednaldo encontra vídeos, compra peças e busca as novas tendências do mercado.

"Antes, o que era mais comum eram as bonecas, era uma febre. Agora são os carros elétricos. No passado, não tinha muito eletrônico, era mais manual. Nos últimos anos, recebi muito drone também, mas agora parou."

Dos mais de 200 casos mensais que chegam à loja, somente 5% saem sem solução. O eletricista Francisco Ricardo, 39, veio de Maracanaú somente para consertar o brinquedo do filho, um carro elétrico.

"Comprei esse brinquedo há mais ou menos um ano e meio e deu problema agora. Quero ajeitar logo, porque o Dia das Crianças chega já. Acredito que seja problema na bateria", relata.

De acordo com Ednaldo, os serviços são mais procurados por avós e tios, que buscam recuperar algum tipo de brinquedo dos netos e sobrinhos, respectivamente.

"A gente abrange todos os públicos, mas quem mais procura são os avós, por causa dos netos. Os pais, hoje em dia, estão sempre trabalhando. Tios são um outro grupo que recebo bastante", conta.

Aumento das vendas no fim do ano

A chegada dos últimos meses do ano costuma trazer esperança para quem trabalha no comércio, e com Ednaldo Barreto não é diferente. Ele conta que o serviço, no período, é alavancado pelo Dia das Crianças e pelas festas de fim de ano.

"Nesta época, além dos brinquedos, aparecem uns Papais Noéis, já estou com alguns. A demanda aumenta mais em outubro e vai assim até dezembro, é o que eu chamo de alta estação", brinca Ednaldo.

Para quem tem interesse em consertar algum brinquedo, ele pede que busque o serviço com antecedência. Dependendo do caso, o prazo de entrega pode chegar até 90 dias.

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Brinquedos Dia das Crianças Hospital Geral dos Brinquedos

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