Grito dos Excluídos reflete sobre o momento atual e a independência do Brasil

Neste ano, tem o lema "Brasil 200 anos, independência para quem?". Manifestação deve terminar em ato interreligioso em frente à Igreja Bom Jesus dos Aflitos

O 28º Grito dos Excluídos e Excluídas, em seu retorno presencial após dois anos de suspensão devido à pandemia de Covid-19, teve início na manhã desta quarta-feira, 7, às 9 horas, na praça da Lagoa da Parangaba. Além da comemoração do retorno às ruas, o ato foi uma manifestação contra o governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

A mobilização inicial foi na Parangaba, onde muitos apoiadores se reuniram para dar voz às suas causas e arrecadar alimentos. A caminhada seguiu até a Igreja Bom Jesus dos Aflitos.

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De acordo com Zildete Queiroz, uma das coordenadoras do evento, as principais bandeiras levantadas pelo ato são: violência estrutural; dívida pública, dívidas sociais e direitos humanos; educação popular e trabalho de base; soberania alimentar, agricultura familiar no combate à fome e ao agronegócio; terra, teto e trabalho; democracia representativa e democracia participativa; e defesa dos territórios.

O padre Watson Holanda Façanha, coordenador arquidiocesano de pastoral, falou sobre a luta em defesa da vida e da assistência social e pediu um momento de silêncio em protesto às estruturas que querem calar as vozes do povo. “Em meio a tantas bandeiras que são levantadas, queremos levantar juntos a bandeira da vida. Essa que fica sempre colocada no chão, pisada pela nossa sociedade e por todos aqueles que deveriam defendê-la”, declarou.

Grito dos Excluídos

Promovido pela Igreja Católica, em parceria com as pastorais sociais, comunidades eclesiais de base e organizações civis, o evento reflete sobre os desafios sociais enfrentados no País.

Desde 1995, o movimento faz do 7 de setembro um dia representativo de manifestações em todo o Brasil. Um dos objetivos é contrapor o protagonismo dado aos militares no processo de construção da soberania nacional e nas celebrações que cercam a data da Independência do Brasil.

Em carta relativa ao movimento, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma que "ao comemorarmos o bicentenário da Independência do Brasil, é fundamental ter presente que somos uma nação marcada por riquezas e potencialidades, contudo, carente de um projeto de desenvolvimento humano, integral e sustentável".

"É necessário o compromisso autêntico com a verdade, com a promoção de políticas de Estado capazes de contribuir de forma efetiva para a diminuição das desigualdades, a superação da violência e a ampliação do acesso a teto, trabalho e terra", defende a CNBB em carta.

Interior

Além da Capital, os municípios de Barbalha, Caririaçu, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte Morada Nova, Tianguá e Viçosa do Ceará vem realizando atividades relativas ao Grito dos Excluídos desde o início de semana.

Nesta quarta-feira, Crato e Morada Nova tiveram atos durante a manhã. Juazeiro do Norte realiza, às 16h, uma celebração ecumênica na Praça Monsenhor Joveniano Barreto, em frente à Igreja dos Franciscanos. Já em Tianguá a manifestação acontece de forma online às 20 horas.

Em Iguatu, o ato está marcado para o próximo sábado, 10, a partir das 7h na Praça dos Redentoristas. (Colaborou Marcela Tosi)

Atualizada às 13h14min desta quarta-feira, 7 de setembro

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