Denúncia falsa de racismo em aplicativo de transporte gera revolta entre motoristas em Fortaleza

Modelo reportou falso caso de racismo para ser ressarcida após cancelamento de viagem

O caso de uma falsa denúncia de racismo reportada a um aplicativo de transporte foi alvo de revolta entre motoristas de aplicativo. A situação aconteceu na última quinta-feira, 18. Uma modelo fotográfica usou a rede social Instagram para relatar um desentendimento com um motorista de aplicativo, durante uma viagem.

Na situação, a própria passageira afirma que o motorista cancelou a viagem após ser chamado de "mula" por uma das passageiras. Na tentativa de ter o dinheiro ressarcido, a mulher reportou o caso à plataforma de transporte por aplicativo, no entanto, fez uma denúncia como se fosse vítima de racismo. A passageira disse que essa foi a única maneira que teve de ter o ressarcimento. Por meio do Instagram, ela disse que fez a denúncia de racismo para ser ressarcida e solicitar outro veículo.

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Motoristas de aplicativo entraram em contato com O POVO revoltados com a situação da denuncia falsa e relatam falta de amparo para casos de acusações falsas. Segundo o representante da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Ceará (AMAP), Rafael Keylon, o motorista vítima da denúncia não foi bloqueado e mulher que reportou o falso caso de racismo demonstrou arrependimento.

O representante da categoria relata que o caso trouxe à tona, que inúmeras acusações falsas são reportadas ao aplicativo e que não é oferecida chance de defesa ao motorista. O profissional é bloqueado e o aplicativo encerra a parceria. O parceiro tem que ingressar, na Justiça, para voltar a trabalhar.

Conforme Rafael, a acusação de racismo é grave. Como a mulher não fez uma denúncia à Polícia, mas ao aplicativo, a associação não realizou o Boletim de Ocorrência (B.O) e que o caso será tratado pelos advogados na esfera civil. Ele relata que a modelo entrou em contato com a associação e disse que por causa da exposição do caso ela sofreu ameaças. 

Muitas pessoas procuraram páginas que contratavam a modelo para buscar um posicionamento das empresas. Uma das páginas informou ser totalmente contra a atitude da mulher. Ela, por sua vez, disse que não pretendia prejudicar o motorista. Posteriormente, o perfil da passageira na rede social foi desativado. 

O POVO solicitou informações ao aplicativo responsável pela corrida e foi informado de que não havia confirmação oficial se a corrida havia acontecido por meio da plataforma. Apesar disso, a equipe de reportagem confirmou com o sindicato que o motorista fazia a viagem por meio do aplicativo. A reportagem tentou contato com a modelo, mas as ligações não foram atendidas.  

Por meio de nota, a Polícia Civil do Ceará informou que apura uma denúncia de difamação, que teria ocorrido no bairro Montese. "A PC-CE orienta sobre a importância do registro de um Boletim de Ocorrência (B.O), que pode ser feito presencialmente em qualquer unidade policial, ou por meio da Delegacia Eletrônica (Deletron), no site www.delegacia eletrônica.ce.gov.br. A Deletron atende todo o estado do Ceará a qualquer hora do dia ou da noite. O B.O também pode ser registrado no 11º Distrito Policial (DP), unidade que apura crimes na região", informou o órgão. 

 

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