PM deve ir a júri por mandar matar jovem que teria roubado esposa dele

Os dois acusados de executar o crime também foram pronunciados. Eles negam o crime e apontam falta de provas. Crime aconteceu em março de 2012 no Edson Queiroz

Três homens foram pronunciados pelo assassinato de Arlenson Barbosa da Silva, de 19 anos, crime ocorrido em 31 de março de 2012, na Praça da Justiça, no bairro Edson Queiroz — localizada há cerca de 600 metros do Fórum Clóvis Beviláqua. Conforme o Ministério Público Estadual (MPCE), o crime aconteceu porque a esposa de um dos acusados, o sargento da Polícia Militar Edson da Silva Araújo, havia tido o celular roubado pela vítima cerca de dois meses antes do homicídio.

A sentença de pronúncia foi feita em 6 de julho último e foi publicada no Diário de Justiça do Estado (DJCE) na última segunda-feira, 11. Além de Edson, deverão enfrentar o tribunal do júri Halyson Valentim Batista e Carlos Herbet Silva Gadelha, apontados como executores do crime — o PM seria o mandante.

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Além da morte de Arlenson, o trio deve ser julgado pela tentativa de homicídio de um homem que acompanhava a vítima. Ele só não morreu porque a arma usada na ação "bateu catolé", conforme a investigação.

Todos os réus negam o crime. As defesas apontaram não haver provas suficientes contra os acusados. O juiz Marcos Aurelio Marques Nogueira, porém, argumentou que a sentença de pronúncia leva em conta apenas a existência de indícios mínimos para o julgamento. Na decisão, ele cita o depoimento de duas testemunhas, que, dentre outros, afirmam que o PM já havia ameaçado a vítima por causa do roubo à esposa dele.

“Desta forma, embora os acusados tenham negado participação no delito e insuficiência de provas da autoria delitiva, observa-se que a dúvida encampada pelas declarações acima transcritas (das testemunhas), dentre outros elementos coligidos aos autos, impedem de furtar o caso do conhecimento do Tribunal Popular do Júri”, afirmou na sentença o magistrado.

Os réus poderão recorrer da decisão em liberdade. Edson segue nos quadros da Polícia Militar.

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Homicídio Edson Queiroz Segurança Pública Ceará Julgamento Homicídio PM acusado assassinato

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