Gonzaguinha de Messejana encerra atividades neste fim de semana

Unidade terá emergência desativada neste sábado, 2. Pacientes do hospital serão transferidos durante o fim de semana

O Gonzaguinha de Messejana deixará de funcionar após este fim de semana. De acordo com a secretária da Saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, a demanda passa a ser absolvida pelo novo Gonzaguinha do José Walter, inaugurado nesta sexta-feira, 1º.

"A emergência já irá deixar de funcionar a partir de sábado, 2, data em que abrimos a emergência obstétrica daqui (José Walter). Os pacientes serão transferidos durante todo o fim de semana", explica a secretária.

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A expectativa é de que após a transferência dos pacientes, também seja concluído o realocamento dos equipamentos do hospital para as demais unidades da rede, assim como a distribuição dos prontuários.

Ainda de acordo com a titular da pasta da saúde municipal, os funcionários que trabalham na unidade de Messejana também já estão sendo transferidos. Ela afirma que a maioria já está com escala definida.

Desde o dia 29 maio, data em que a Prefeitura anunciou o encerramento das atividades do Gonzaguinha da Messejana para a realização de uma reforma, ocorreram diversas manifestações contrárias ao fechamento do hospital.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), o Sindicato dos Médicos do Ceará e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) afirmam que o fechamento do hospital prejudicará o atendimento à população. Dentre as reclamações, está a distância que os pacientes terão de percorrer, pois cerca de 12 quilômetros separam as duas unidades.

De acordo com a secretária da Saúde, a vinculação da gestante à rede de saúde é feita no pré-natal, onde ocorre a classificação do risco da gestação, para que assim seja definido o encaminhamento a uma maternidade.

"Quem está no entorno vai ter que se deslocar um pouco mais. Vamos acompanhar de perto esse deslocamento no primeiro mês. Caso seja preciso, buscaremos estratégias de maior apoio", destaca.

Ana Estela explica que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já possui experiência neste tipo de situação, pois quando as obras do Gonzaguinha do José Walter começaram, houve uma transferência de serviços à unidade de Messejana.

Sobre o início das obras no hospital, o prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT) declarou que as obras terão início ainda este ano, mas não soube precisar uma data. "Ele é insalubre do jeito que está, não tenho a data exata, mas deve começar imediatamente", afirmou.

Entretanto, as obras, possivelmente, não terão andamento neste mês de julho. O secretário Municipal da Infraestrutura, Samuel Dias, explica que o projeto do novo hospital ainda está em fase de conclusão e deve ser finalizado neste mês, para só então o processo de licitação da obra ser iniciado.

Sobre a possibilidade de o hospital manter o funcionamento durante a reforma, Dias afirma que esse tipo de medida é inviável. A expectativa é de que a nova unidade seja inaugurada no primeiro semestre de 2024.

"É incompatível com esse tipo de obra manter o funcionamento do hospital. A experiência que temos é de, mesmo em obras de reformas, tem certo momentos que precisamos parar o funcionamento", destaca.

Assim como Samuel Dias, Ana Estela Leite também descarta a possibilidade de o hospital manter o funcionamento durante os próximos meses. "Imagine uma obra com poeira e barulho, onde é preciso interromper instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, seria um risco colocar mulheres em trabalho de parto e recém-nascidos neste ambiente", destaca.

Com o fechamento da unidade, as gestantes de risco habitual de Fortaleza poderão buscar as demais unidades da linha materno-infantil de Fortaleza, sendo elas: o novo Gonzaguinha do José Walter, o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e o Hospital Distrital Gonzaga Mota Barra do Ceará (Gonzaguinha Barra Do Ceará).

Novo Gonzaguinha José Walter é inaugurado em Fortaleza

A nova unidade inaugurada no bairro José Walter conta com 6 mil metros quadrados (m²), o dobro do tamanho do antigo Gonzaguinha da região. A antiga estrutura contava com 44 leitos de internação clínica e dez de observação, totalizando 54 leitos. Já o novo espaço quase triplicou esta quantidade, são 154 leitos.

De acordo com a Prefeitura, a capacidade do hospital para realização de partos aumentou 312%, saindo de 177 partos por mês para 730. A obra foi realizada em 22 meses e teve um investimento de R$ 25 milhões.

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