Dia de Santo Antônio: distribuição de comida é tradição religiosa do dia 13 de junho

O evento é uma das iniciativas das festividades que encerram as comemorações do dia do santo casamenteiro

A Liga do Pão dos Pobres de Santo Antônio realiza, na manhã desta segunda-feira, 13, dia da santidade, uma ação na qual, além de entregar pães a mais de 120 pessoas, o que faz semanalmente, distribuiu cestas básicas para todos os membros que estão cadastrados no projeto. O evento é uma das festividades que encerram as comemorações do dia do santo casamenteiro. A cerimônia ocorreu no Santuário Sagrado Coração de Jesus, no Centro, em Fortaleza.

“É um dia dedicado ao nosso glorioso Santo Antônio. Há mais de 50 anos que eu trabalho neste santuário com muito amor e fervor, e eu sou muito feliz. Eu faço essa festa com muito amor e carinho. Nós temos 120 idosos cadastrados rigorosamente. E toda terça-feira nós estamos aqui, dando um lanche e um saquinho com oito pães carioquinhas. Hoje, neste dia especial, daremos uma cesta básica”, conta Dona Mazinha, que organiza a ação há cinco décadas, o evento que ocorre desde 1902.

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Relação dos devotos com Santo Antônio

 

Dona Mazinha diz que a ação de ajudar na distribuição dos alimentos começou com uma conquista concedida por Santo Antônio. “Em 1964, terminei meus estudos em dezembro, logo em janeiro fiz um um teste para Companhia das Docas do Ceará, que é a companhia que explora o porto do Mucuripe. Para agradecer, eu disse que daria todo ano um quilo de pão para os pobres”, conta Dona Mazinha.

 

Enquanto aguardava receber a cesta básica e tomava o café oferecido pela Liga do Pão dos Pobres, a idosa Edite Pereira relatou que sua devoção a Santo Antônio já lhe rendeu frutos. “Meu neto estava acompanhando criaturas que não eram do nível dele. Então pedi a Santo Antônio que afastasse essas amizades para bem longe, o meu pedido deu resultado. Meu neto hoje é outra pessoa. Está outro Pedro Marley. Eu oro por ele todo santo dia para não voltar nunca mais para o caminho ruim”, relatou.

Maria Gomes diz ser um milagre vivo, a devota de Santo Antônio conta que há cinco dias realizou uma cirurgia para desobstruir uma veia. O problema impedia que o sangue alcançasse sua cabeça. “Fui fazer uma cirurgia, em oração pedi a Santo Antônio que desse tudo certo, que não acontecesse nada de mal. Graças a Deus eu estou aqui hoje, com apenas cinco dias que fiz a operação. Não estou sentindo mais nada”, relatou emocionada a idosa.

Depois de fraturar o fêmur e realizar uma cirurgia, José Marques ouviu dos médicos que não andaria mais, a idade avançada fez os especialistas duvidarem da recuperação do idoso. Presente na festa que celebra o amor de Santo Antônio pelo evangelho, o homem agradece pela força que teve e diz que se anda hoje é por um milagre: “Eu tive internado no Hospital Waldemar de Alcântara por três meses, o médico disse que eu não andaria mais e eu estou hoje aqui andando, a minha fé em Santo Antônio me curou”, ressaltou.


Quem foi Santo Antônio


Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de batismo, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos.

Em Coimbra, ele foi ordenado sacerdote. Logo cedo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. "Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação. Sempre soube anunciar e pregar o evangelho, sobretudo com dons extraordinários, dom da palavra, o dom de saber acolher o povo de Deus e aos pobres. Sua história e seus feitos o popularizou entre os devotos”, conta Frei Raimundo, um dos responsáveis por organizar as ações voltadas ao dia de Santo Antônio.

É Conhecido como protetor das coisas perdidas, dos casamentos e dos pobres. Sendo considerado Santo dos milagres. Há relatos que durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. “Na Itália ele tem essa grande fama, do Santo dos pobres. Diante da evangelização que foi acontecendo ao longo dos tempos, essa devoção chegou ao Brasil, trazida pelos frades”, explica Frei Raimundo.

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Após sua morte foram relatados vários milagres em seu nome. Assim, apenas onze meses depois de falecer foi beatificado e canonizado. Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja.

 

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