Movimento Proparque reivindica segurança e plano de manejo para o Parque Rio Branco

| Meio ambiente | Equipamento tem problemas de gestão, abandono de animais domésticos, preservação do riacho e insegurança. Ativistas lutam há anos por antigas demandas

Problemas históricos do Parque Rio Branco, situado no bairro São João do Tauape, se repetem há pelos menos duas décadas. Na última semana, integrantes do Movimento Proparque se reuniram com técnicos ambientais da Prefeitura de Fortaleza para relatar, principalmente, entraves sobre a segurança e a falta de gestão pública do equipamento.

Segundo Aldemir Costa, do Proparque, o parque é abandonado pela poder municipal, apesar de ser muito utilizado pela população. Uma das principais reivindicações dos ativistas é a elaboração de um plano de manejo. O documento define regras para o uso e categorização das potencialidades de zonas de preservação ambiental.

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"De acordo com o Plano Diretor de Fortaleza de 2009, um local como esse é uma Zona de Preservação Ambiental (ZPA), e deve ter um plano de manejo e um plano de gestão", reclama Aldemir Costa. Por conta própria, o Movimento Proparque está em busca de realizar o plano de manejo do Parque Rio Branco.

Em novembro de 2021, o grupo enviou um documento para o prefeito Sarto Nogueira (PDT) com 35 reivindicações para o equipamento.

Luísa Costa, integrante do Proparque, relatou durante a visita que o parque teve as grades roubadas em 2021 e, até agora, não foram repostas. Também não há equipes fixas da Polícia Militar nem da Guarda Municipal no local.

Animal doméstico descartado na área verde é outro problema. De acordo com Luísa Costa é comum pessoas de outros bairros abandonarem gatos e cachorros por lá.

Uma das propostas para se ter o controle dos animais domésticos descartados e vigiar quem os abandona seria fechar o parque das 22h às 5h, todos os dias. De acordo com os ativistas, a medida protegeria também a fauna, a flora e os equipamentos do local.

O reflorestamento da mata ciliar do Riacho Rio Branco, que tem nascente dentro dos limites do parque, é outra demanda. A limpeza do riacho também é pedida. As margens acumulam lixo, com predominância de embalagens plásticas. Luísa Costa afirma que a preocupação se torna maior pois as águas do riacho desembocam no Rio Cocó.

Dois técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) acompanharam a visita e prometeram fazer os encaminhamentos das reivindicações.

Em resposta ao O POVO, a Seuma informou que o plano de manejo do parque está em "fase inicial de licitação para elaboração". A pasta estipulou o prazo de três meses para o lançamento do edital.

A manutenção diária do local é de responsabilidade da Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (Urbfor). "Além das atividades rotineiras de manutenção no parque, a Urbfor realizou, em 2021, dois mutirões de limpeza e ações de paisagismo", disse a nota.

Em relação à segurança, a UrbFor informou que registrou Boletins de Ocorrência sobre o roubo das grades. No entanto, não houve resposta sobre a reposição do equipamento.

A segurança, segundo a Seuma, é feita pela Guarda Municipal de Fortaleza, por meio da Inspetoria de Proteção Ambiental, que "realiza diariamente rondas a pé e permanências no Parque Rio Branco".

 

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