Missa na Catedral integra programação do ato de comunhão pela consagração da Rússia e Ucrânia

Junto a outras igrejas de Fortaleza e do mundo inteiro, fiéis intercederam pela situação de guerra do Leste Europeu, a qual a Igreja vem atuando como mediadora, por meio do papa Francisco

Fiéis foram à Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro de Fortaleza, na noite desta sexta-feira, 25, para participar do ato de comunhão com o papa Francisco pela consagração da Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. A iniciativa, que aconteceu em igrejas de Fortaleza e do mundo inteiro, foi motivada por um pedido da Conferência Episcopal Latina da Ucrânia para parar a guerra, iniciada após a invasão da Rússia no dia 24 de fevereiro.

Durante a celebração, o arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, disse que os homens não querem ouvir a Deus, mas preferem resolver seus problemas a custo de sangue. “Chefes de países queimam seus filhos por dinheiro e poder, sacrificam vidas humanas por motivos fugazes”, lamentou o religioso. “Precisa-se entender que os problemas não são resolvidos com armas, mas a base de diálogo. Assim com a guerra, os prejuízos são enormes”, argumentou.

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Ele considerou ainda o papel de intermediação da Igreja neste momento, com atuação notória do papa Francisco, que vem conversando com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. “A Igreja é um instrumento da paz de Deus no meio da humanidade. Nossa missão é levar o amor de Deus para as pessoas e fazer com que elas se entendam e construam uma comunhão, sem colocar um grupo contra o outro”, acrescentou.

Dom José Antônio aproveitou ainda para lembrar de outros conflitos armados que acabam sendo esquecidos pela sociedade em geral, mas precisam ser lembrados pelos fiéis em suas orações. “São muitos refugiados em tantos lugares e isso não é destaque na mídia”, aponta. “Mas são realidades humanas, são pessoas que são nossos irmãos e é algo que a gente precisa estar muito atento”, concluiu.

O comerciante Nasser Teixeira, 63, presente na Catedral, afirmou acreditar que a paz vá se concretizar entre as duas nações. “Tem muita gente sofrendo, os homens acham que têm o poder na mão, mas quem tem o poder mesmo é Cristo”, enfatizou. Também preocupada com a situação no Leste Europeu, Francisca Viana disse que encontra na igreja um local de refúgio de seus conflitos diários e de conexão com sua espiritualidade. “Tem muita coisa que eu não consigo entender e venho pedir uma luz a Deus”, conta.

Também como forma de integrar as ações para o ato de comunhão, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima deu espaço a um telão para que os fiéis pudessem acompanhar simultaneamente a celebração penitencial com o papa Francisco dentro da Igreja. A Arquidiocese de Fortaleza ainda incentivou que os padres abrissem horários de confissão na sexta-feira, fizessem momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento, realizassem celebração eucarística ao longo do dia, e recitassem o Santo Rosário.


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