Fortaleza: número de mães adolescentes cai 30% em cinco anos

O acompanhamento das grávidas adolescentes, por meio de consultas de pré-natal, também cresceu no mesmo período

O número de filhos de mães adolescentes diminuiu proporcionalmente cerca de 30% entre os anos de 2016 e 2021, comparado ao número total de nascidos em Fortaleza, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Foram 3,5 mil mães adolescentes do total de 31 mil em 2021, enquanto em 2016 foram 5,9 mil do montante de 37 mil mães.

Houve uma evolução ainda em relação aos índices de acompanhamento pré-natal, com crescimento de 10,3% no mesmo período, entre 2016 e 2021. No ano passado, 59% das grávidas adolescentes — 2,1 mil de 3,5 mil — realizaram um acompanhamento com sete ou mais consultas de pré-natal, conforme preconiza o Ministério da Saúde.

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Para a Prefeitura, a redução do número de adolescentes e o maior acompanhamento no pré-natal são consequências de múltiplas variantes, como o histórico familiar, social e cultural. “Um dos fatores mais importantes de prevenção é a educação. Munir os adolescentes de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores irá capacitá-los para cuidar de sua saúde, bem-estar e dignidade, bem como para avaliar suas escolhas e como essas afetam as suas vidas”, afirma Léa Dias, assessora técnica da área da Saúde da Mulher.

Como procurar ajuda

Na Capital, é possível retirar camisinhas de forma gratuita nos 116 postos de saúde. A Atenção Primária à Saúde atua promovendo palestras, oficinas, aconselhamento, atualização e rodas de conversas dentro dos grupos de gestantes. Dentre os assuntos trabalhados, estão gravidez na adolescência, planejamento familiar, desafios da maternidade na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis e importância do aleitamento materno.

O atendimento especializado nas unidades municipais ocorre no Gonzaguinha de Messejana, com o projeto Sigo-Adolescente, que dá uma atenção integral às adolescentes considerando as condições de saúde física, mental, social e cultural, pré-natal humanizado e o acompanhamento a fim de evitar a reincidência de uma nova gestação.

São apresentados às adolescentes gestantes os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração, conhecidos como LARCs, com o objetivo de evitar a reincidência da gravidez na adolescência. "A literatura internacional mostra que esses métodos são mais eficientes para essa prevenção, como o DIU de cobre. Isso é oferecido para elas, mas é uma decisão individual", ressalta Léa Dias.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta de forma gratuita nove métodos contraceptivos. São eles: anticoncepcional injetável mensal; anticoncepcional injetável trimestral; minipílula; pílula combinada; pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte); Dispositivo Intrauterino (DIU); preservativo feminino e preservativo masculino.

Caso tenha os primeiros indicativos da gravidez, como o atraso menstrual, a adolescente deve procurar o posto de saúde mais próximo da sua residência, para diagnosticar a gestação. O objetivo, segundo a gestão municipal, é que a adolescente comece o pré-natal ainda no primeiro mês ou trimestre de gravidez.

Durante o atendimento de pré-natal na rede pública, a paciente já recebe o encaminhamento para a maternidade a qual fará o parto, realiza testes rápidos e consulta odontológica. A rede ainda promove a visita antecipada da gestante à maternidade e realiza busca ativa das gestantes faltosas.

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