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Idosa completa um ano desaparecida sem respostas sobre o caso

Maria de Araújo, 68, desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2021; Polícia Civil investiga o caso e busca informações com a população

Sem notícias da mãe há um ano, Ferdinando Araújo tem o sentimento de impotência pela falta de respostas sobre o caso. Desaparecida desde o dia 22 de fevereiro do ano passado, o caso da oficial de Justiça aposentada Maria de Araújo de Mesquita, 68, está sendo investigado pela 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ainda sem conseguir falar sem conter as lágrimas, Araújo diz que preferia que acontecesse algo com ele, mas não com a mãe. "Ela cuidou de mim de uma forma extraordinária, como nenhuma outra mãe faria. Tudo que eu sou é por causa dela. Não queria que acontecesse nada com ela, preferia que acontecesse comigo, mas não com ela", disse, com esperança de que a sua mãe seja encontrada.

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Com a dificuldade de obter respostas sobre o caso, Ferdinando não sabe como está conseguindo continuar vivendo nesta situação. "Eu não sei como estou vivendo, não sei mais nem o que pensar. A gente fica sem forças, sem chão, principalmente agora quando completa um ano do desaparecimento dela e não temos respostas de nada", desabafa o filho.

O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), Vagner Venâncio, e o diretor Jurídico, Carlos Eduardo Mello, visitaram na manhã de ontem, 22, a sede da 12ª sede do DHPP, e se reuniram com o delegado Augusto Soares Flávio para obter informação atualizadas do caso. Foi informado que em novembro do ano passado foram solicitadas diligências que necessitam de decisão judicial.

Os representantes afirmam que estão em contato direto com a Justiça e autoridades responsáveis, por meio de visitas ao Fórum Clóvis Beviláqua para tentar acelerar os pedidos. O Sindojus, desde que tomou conhecimento do desaparecimento, afirma que colocou a assessoria jurídica do órgão à disposição da família para dar o suporte necessário.

Como denunciar o desaparecimento

 

De acordo com as orientações da Polícia Civil, a comunicação imediata é a melhor solução para um desfecho positivo em casos de desaparecimentos. Se possível, é de grande valor para os trabalhos das autoridades que sejam passadas o máximo de informações presentes sobre a pessoa desaparecida, como locais que a vítima possa estar. 

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), por meio da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), especialista em investigações envolvendo pessoas desaparecidas, encontrou 312 pessoas, que foram entregues com vida para as famílias. Para o órgão, o sucesso nas busca está na troca de informações entre populações e policiais.

Não é preciso aguardar 24 horas

 

Com a urgência de acelerar as buscas, as forças de segurança reforçam a necessidade de apagar o mito de aguardar 24 horas após o sumiço. “É importante ressaltar que, mesmo que seja algo que comentamos rotineiramente, é que não é preciso aguardar essas 24 horas para comunicar o caso à Polícia Civil. Quanto antes você registrar o desaparecimento, melhor", afirma o delegado da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Augusto Soares.

De acordo com ele, todas as informações devem ser repassadas: idade, características físicas, se a pessoa possui tatuagem, qual a roupa que ela estava, quando foi vista pela última vez, número do celular da vítima, cartões de créditos que ela possa estar. "Essas informações são fundamentais para o trabalho do investigador. Sabemos que é um momento de grande aflição, e que algumas questões podem passar despercebidas, mas um detalhe, uma informação, pode salvar a vida desta pessoa e ajudará a trazê-la de volta pra casa”, disse Augusto em nota ao portal do Governo.

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