Com reforma perto de ser concluída, Parque Rachel de Queiroz já começa a receber frequentadores

Prefeitura prevê entregar a primeira etapa da requalificação até o fim deste mês; projeto recebe mais de R$ 21 milhões em investimentos

Depois de quase dois anos em reforma, o Parque Urbano Raquel de Queiroz, no bairro Presidente Kennedy, em Fortaleza, deve ter a primeira etapa das obras concluídas até o fim deste mês. Segundo a Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), a requalificação já alcança 98% de execução física. Embora os trabalhos ainda não tenham sido concluídos, o local tem recebido um número de frequentadores cada vez maior nas últimas semanas, principalmente nos fins de tarde.

A estrutura já passou por serviços de drenagem, terraplanagem e intervenções paisagísticas. Os calçadões foram ampliados e receberam nova pavimentação. Também houve a construção de quadras esportivas, areninha, pistas de corrida. De acordo com a Seuma, está previsto para os próximos dias a instalação de equipamentos voltados para a prática de alongamento, bicicletário, playground, espaço de leitura, iluminação, além da implantação de viveiros de mudas e mobiliário urbano.


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Para os que se anteciparam à reabertura oficial, a nova arborização do ambiente é apontada como principal atrativo. O professor Eduardo Eugênio, 36, que afirma frequentar o Parque há muitos anos, faz um comparativo com a antiga estrutura. “Antes aqui era tipo um terreno baldio com muito mato, em situação quase que de abandono mesmo. Agora, faço questão de vir aqui quase todos os dias, principalmente no fim da tarde, seja para caminhar, correr, ou só para ficar sentado na grama mesmo e relaxar um pouco”, disse.


Eduardo, que mora a poucos quarteirões do Parque, passou convidar amigos de outras localidades da Capital para conhecerem o novo espaço. Nesta terça-feira, 4, durante visita do O POVO ao local, ele estava acompanhado de sua amiga Cleise Oliveira, 36, que se disse encantada com o clima agradável proporcionado pelos espaços verdes. Por outro lado, ela diz que sentiu falta de recipientes para descarte de resíduos. “Eu vejo que o lugar tá começando a ser muito frequentado, então obviamente a circulação de lixo aumenta bastante. Não vi nenhuma lixeira. Acho que essa seria uma providência mais urgente nesse momento”, observa.

O advogado, Alex Machado, 39, que foi ao local para um passeio familiar, ressalta que, além da ausência de lixeiras, falta policiamento na área. “O parque é bem bonito, mas o que realmente está faltando são providências relacionadas à segurança, colocar polícia ou guardas municipais. Outro problema é a consciência das pessoas, agora mesmo eu vi gente jogando lixo no lago, muito também devido a ainda não ter lixeiras, mas acho que a Prefeitura deveria colocar algum funcionário para fiscalizar essa parte da conservação do espaço”, opina.

O POVO tentou contato com a assessoria de imprensa da Seuma, via chamada telefônica, na noite de ontem, para saber quais medidas serão adotadas em relação ao descarte de resíduos sólidos no Parque, mas não teve as ligações atendidas ou retornadas até o fechamento desta matéria.  

Os frequentadores também reclamam da imprudência de motociclistas, que têm utilizado as pistas de corrida do local como atalho para encurtar o caminho até as avenidas adjacentes. Além de ilegal, a conduta leva risco à população que utiliza o espaço para praticar atividades físicas. Durante o momento em que esteve no local, O POVO flagrou ao menos duas infrações dessa natureza.

Investimento milionário

Iniciada em março de 2020, ainda na gestão do então prefeito Roberto Cláudio, a requalificação do Parque Rachel de Queiroz recebe investimentos na ordem de R$ 21 milhões. A obra é financiada pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), por meio de uma parceria com a Prefeitura de Fortaleza. A primeira etapa, que tem previsão de ser entregue neste mês, engloba os trechos 1, 2, 5 e 6 do projeto.

Com quase 10 quilômetros de extensão, aproximadamente 203 hectares, o Parque é a maior unidade de recreação do Município e a segunda maior do Estado. De acordo com a titular da Seuma, Luciana Lobo, a requalificação terá impacto positivo na qualidade de vida da população que costuma frequentar o espaço. “Essa é uma intervenção urbanística e ambiental que entrega para a população itens muito importantes como contato com a natureza, lazer, entretenimento e esporte. É um espaço a ser desfrutado por pessoas de todas as idades”, comentou a secretária.

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