Polícia Federal apura fraudes e corrupção em obras no estádio Castelão

Obras foram realizadas entre 2010 e 2013, e R$ 11 milhões teriam sido pagos em propinas, diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais. São cumpridos mandados de busca e apreensão em três cidades cearenses

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 15, a operação "Colosseum". A ação conta com 80 agentes e faz parte de inquérito policial que apura fraudes, exigências e pagamentos de propinas a políticos e servidores públicos em licitação para obras realizadas no estádio Arena Castelão nos anos de 2010 e 2013.

Os agentes federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em domicílios investigados nas cidades de Fortaleza/CE, Meruoca/CE, Juazeiro do Norte/CE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG e São Luís/MA. As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.

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As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas. O valor seria para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio.

Apurou-se indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.


As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva - art. 1º da lei 9.613/98; 89 e 90 da lei 8.666/93 e artigos 288, 317 e 333 do Código Penal.

O nome da operação remete em italiano ao estádio Coliseu, localizado em Roma, Itália.

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