Família diz que homem foi confundido como líder de facção por causa do apelido; Polícia nega

Parentes dizem que Marcos André foi confundido com um homem de apelido Branquinho. A Polícia Civil diz que os dois têm o mesmo apelido e exercem a mesma função de chefia da facção

 

A família do detento Marcos André Silva Ferreira, 27 anos, que foi apontado pela Polícia Civil como um chefe da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) afirma que ele foi confundido com um criminoso e segue preso injustamente, pois não exerce liderança na organização criminosa. Os parentes apontam dois relatórios diferentes em que aparecem duas pessoas com o apelido "Branquinho", um deles o Marcos André e o outro o Jonnatas Ribeiro. A Polícia Civil, por sua vez, afirma que não há engano e que os dois têm o mesmo apelido e exercem a chefia no grupo criminoso.

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De acordo com a família, Marcos André foi preso em 2018 e as investigações atribuíram a ele um papel de relevância na facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e um apelido de branquinho, que para a família nunca existiu. O apelido de Marcos, conforme familiares, seria Dedé. Também foi informado no relatório que o suspeito era dono de um anel templário, que seria usado pelos chefes da GDE. 

O suspeito foi transferido para um presídio federal, em Catanduvas. Depois disso, voltou para o Ceará, onde segue em uma unidade de segurança máxima. De acordo com um parente de Marcos, que pediu para não ser identificado, o local é degradante e os detentos não podem conversar, eles devem permanecer em silêncio o tempo todo. A família destaca que são celas individuais e que o banho de sol também é individual. 

Ainda na unidade, os familiares receberam a informação de que ele havia sido alvo de tortura com agressões e spray de pimenta. Foi feita uma denúncia formal diante da situação. Os parentes relatam que, preso há três anos, André tem boa conduta. Antes de ser detido, ele era estudante de Direito e possuía residência fixa.

A opinião de pessoas próximas dele é de que houve um erro na investigação e que Marcos André nunca foi líder de facção. O que teria o levado à prisão seria os antecedentes criminais dele, que envolvem homicídio, furto, roubo e porte ilegal de arma de fogo, alguns desses prescritos. 

Polícia Civil do Ceará 

 

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informa que os dois investigados possuem as mesmas alcunhas e integram a mesma organização criminosa, exercendo inclusive função de chefia. Cabe ressaltar que as investigações desenvolvidas pela Delegacia Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) em desfavor de Marcos André Silva Ferreira demonstraram não somente o envolvimento na organização criminosa, como na prática de crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As investigações que levaram à condenação de Marcos André foram baseadas em provas técnicas colhidas durante todo o processo investigativo.

Marcos André foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e, nesse contexto, foram apreendidos quatro veículos em sua posse, dentre eles, duas Hilux blindadas. Ele também foi condenado por integrar organização criminosa com aumento de pena pelo emprego de arma de fogo e tráfico de drogas. Somadas as penas, o homem foi sentenciado a cumprir 18 anos e seis meses em reclusão.

 

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