Suspeitos de roubo à joalheria são estrangeiros e especializados em crimes internacionais

Um dos suspeitos, o colombiano Andrés Manuel López, já foi recambiado pela Polícia Civil do Ceará

Suspeitos de roubo à joalheria Tânia Joias, em Fortaleza, são estrangeiros, todos da Colômbia, especializados em crimes internacionais. Um deles, Andrés Manuel López Pataquiva, 37 anos, é apontado como integrante de um grupo criminoso atuante em diversos países e já passou quatro anos preso na Tailândia pelo crime de furto qualificado. Outros dois homens, também da nacionalidade internacional, estão foragidos e, conforme a Polícia, provavelmente estão se escondendo nos Estados Unidos.

Andrés foi preso no último dia 26 junto com sua esposa, a também colombiana Cláudia Patricia Barona Pajar, 48 anos, e recambiado ao Ceará. A prisão ocorreu em Luque - cidade vizinha de Assunção, capital do Paraguai - onde o suspeito já se preparava para fugir para outro país.

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Equipes da Delegacia de Roubos e Furtos da PC-CE viajaram até Foz do Iguaçu, no Paraná, onde receberam o preso que estava custodiado com a Polícia Federal e o trouxeram para Fortaleza. Detalhes do trabalho policial foram divulgados em coletiva de imprensa, na sede da Superintendência da Polícia Civil, no Centro de Fortaleza, na manhã desta segunda-feira, 4.

Para o compartilhamento de informações para a prisão dos suspeitos, a Polícia Civil teve apoio da Polícia Federal e da Interpol, que colocaram o alerta vermelho sobre os alvos. Já o Comando Tripartite - que pode ser conceituado como mecanismo formal de cooperação policial internacional local, existente na região da Tríplice Fronteira, que congrega instituições policiais e de inteligência de Argentina, Brasil e Paraguai - colaborou para a localização deles.

Pataquiva também já havia sido condenado recentemente em São Paulo, por roubo ao shopping Praia Grande.

Outros suspeitos

 

As investigações indicam que o homem cometeu o crime em conjunto com outros três indivíduos, dois deles já identificados. Tratam-se de Jefferson Geovanny Ortiz Gonzalez e Libardo Antônio Gonzalez Diaz. A Polícia informou que os suspeitos integram um grupo criminoso que age em diversos países cometendo o mesmo tipo de crime: furtos milionários em grandes lojas. Para isso, eles contam com o apoio da tecnologia.  Toda a ação durou cerca de 40 minutos. 

Ainda de acordo com a Polícia, os criminosos conseguiram entrar no local por meio da loja vizinha, clonando o sensor de de alarme, cortando a parede e desativando todos os sinais, inclusive de alarme e celular, com ajuda de um aparelho chamado de jammer.  O equipamento nunca tinham sido usados para roubos a lojas no Ceará, somente para assaltos a cargas. Um deles estava vestido com roupa semelhante à farda da loja vizinha, para não chamar a atenção.

Os criminosos ficaram hospedados numa pousada próxima ao Castelão por cerca de 15 dias antes do roubo. Segundo a polícia, o crime praticado pelos estrangeiros teria incentivado, apesar de não ter relação, a outra quadrilha a fazer o roubo que matou a vendedora na mesma loja. Ainda de acordo com as investigações, a outra quadrilha disse que viu ser possível realizar o crime após ver concretizado a ação dos colombianos.

As investigações do crime continuam, segundo informa o delegado Rommel Kerth, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, para prender os outros dois suspeitos. Um dos homens que participou do crime havia sido preso na Bahia com o irmão em 2018, além da mulher do Paraquiva, e uma pessoa identificada como Francisco Ortiz Gonzalez, o  Paco, que é irmão do Jéferson.

Contra Paco, há uma condenação no México com mais de 20 anos de prisão. "Há seis meses, o Paco estava preso no Piauí por furto à joalheria, mas com o nome falso. Nós descobrimos que ele estava no estado com o nome falso e, por ser estrangeiro, apresentaram documentos falsos e evitamos que seja solto com essa identificação", afirma. 


Com informações da repórter Angélica Feitosa.


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