Donos do Edifício São Pedro divulgam nota de esclarecimento com informações sobre imóvel

Eles reclamam que não receberam nenhum auxílio governamental para manter o prédio, inclusive no período em que a construção foi alvo de intenção de tombamento da gestão municipal

Proprietários do Edifício São Pedro, localizado no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, divulgaram nota com críticas da recente intenção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para tombamento federal do imóvel. O procedimento é considerado pelos proprietários como “altamente irracional” e “totalmente prejudicial ao direito de propriedade e aos direitos dos cidadãos”.

“Não tem sentido aprisionar um prédio, totalmente sem quaisquer condições de ser mantido, com a finalidade única de atender a uma ínfima pequena minoria que inventa motivos sem nunca ter apresentado qualquer prova real, legal e importante justificativa que possa, conforme a lei, embasar e qualificar como uma edificação a ser ou se manter tombada, principalmente em âmbito nacional”, argumentam.

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Representados pela empresa Philomeno Imóveis e Participações S/A, os donos afirmam que vêm arcando “há muito tempo” com custos significativos para tentar não deixar a construção chegar à situação atual. Eles reclamam que não receberam nenhuma ajuda governamental para manter o prédio, inclusive durante o período em que havia a intenção de tombamento da estrutura por parte da gestão municipal.

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A nota enfatiza ainda a preocupação dos proprietários com as condições estruturais do edifício. Eles dizem que a estrutura já se encontrava em condições precárias de habitabilidade quando começou sua intenção de tombamento pela Prefeitura de Fortaleza, em 2006. "Portanto, como tombar o que já não se podia preservar?”, questionam.

A edificação data da década de 1950 e marca pioneirismo no avanço imobiliário verticalizado e no setor hoteleiro na capital cearense. Ele foi o primeiro com mais de dois andares na praia, e inaugurou o uso hoteleiro da região. Até então, esse tipo de empreendimento estava concentrado na região central da Capital. Para Romeu Duarte, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), a reconstrução deveria ser feita com mudanças na estrutura original - sem prejudicar o valor arquitetônico do antigo prédio.

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