Garoto que teve transplante de medula acompanhado pelo O POVO cria site para contar sua história

Kaio Cardoso teve paralisia cerebral ao nascer e aos três anos foi diagnosticado com anemia aplástica, doença que foi curada com um transplante de medula. Hoje, o garoto está no 8º ano do ensino fundamental e desejar inspirar com sua história

Aos 14 anos, Kaio Cardoso é um adolescente ativo que gosta de forró, de nadar, brincar com os amigos. Como os colegas, enfrenta os desafios de aprender os conteúdos do 8º ano do ensino fundamental por meio remoto. Faz tudo isso com uma cadeira de rodas, sessões de fisioterapia e muitos sorrisos estampados nas redes sociais.

O garoto teve paralisia cerebral ao nascer, o que prejudicou a mobilidade de seus membros inferiores, e foi diagnosticado com anemia aplástica aos três anos. Seu organismo não produzia glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos suficientes. Era necessário receber transfusões a cada sete dias e realizar um transplante de medula o quanto antes. A busca por um doador compatível foi contada nas páginas do jornal O POVO e agora ele mesmo quer escrever sua história.

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No último dia 16, Kaio deu início a um site no qual pretende compartilhar um pouco da sua vida e da sua história. "Eu já tinha falado um pouco da minha vida no Instagram e eu queria expandir isso mais um pouco, por isso criei o site. E vou atualizando aos poucos", conta. "O meu objetivo é mostrar que consigo fazer várias coisas e inspirar as pessoas que têm a vontade de fazer o que faço. Mostrar que podem superar como eu superei."

A mãe de Kaio, a advogada Kamila Cardoso, conta que o site foi uma surpresa. "Fiquei muito surpresa com o site; Quando vi ele já estava pronto; mas esse é o Kaio."

Nas páginas do jornal

 

Da busca por um doador de medula até o primeiro dia na escola, O POVO acompanhou a história de Kaio.

19 de outubro de 2010 | O POVO conhece Kaio e sua mãe para divulgar a campanha em busca de doadores de medula. Pelos meses seguintes, a luta do garoto é contada nas páginas do jornal, especialmente pelo jornalista Bruno de Castro, que se tornou um amigo. 

Do período, Kaio conta que lembra de várias vezes em que "muitas pessoas" foram dentro de sua casa, da amizade que fez com o jornalista e de uma pasta onde a mãe guarda todos os registros daquela época.

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18 de fevereiro de 2011 | Kaio consegue doador na Alemanha, por meio do banco internacional de medula óssea

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23 de fevereiro | A família se muda para Curitiba

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23 de julho | O transplante é realizado em Curitiba e Kaio passa bem

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2 de setembro | Exames indicam 100% de produção de células a partir da medula recebida pelo garoto. Hoje, ele afirma se sentir "muito feliz por estar vivo" e desejar que mais pessoas se tornem doadoras.

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7 de outubro | Família volta à Fortaleza

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30 de janeiro de 2012 | Kaio volta à escola seis meses após o transplante

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Doação de medula

 

No fim da entrevista, Kaio acrescenta: "Doe, ajude, faça o que é preciso. Porque essa sensação de você saber que existe um doador que vai lhe ajudar a sobreviver não tem nenhum dinheiro que pague".

Para isso, o cadastro é o primeiro passo. Na ocasião, é coletada uma amostra de sangue para a realização de testes e o voluntário é incluído como possível doador no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Caso haja compatibilidade com pacientes que aguardam por um transplante de medula, o doador será informado para decidir se vai ou não fazer a doação. Além da confirmação do voluntário, é necessário avaliar as condições de saúde do candidato.

Conforme dados do Redome, o Ceará é o estado do Nordeste com maior número de doadores. São 207.067 voluntários, sendo 12.202 cadastrados em 2020 e mais de 1.600 somente neste ano. 

Serviço

 

Para se cadastrar, é preciso ser saudável, ter entre 18 e 55 anos de idade, não possuir histórico pessoal de câncer e apresentar um documento de identificação oficial com foto.

O cadastro pode ser feito em todos os postos de coleta do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) em Fortaleza e no interior do Estado. 

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