Média de idade dos pacientes com síndrome gripal cai para 28,4 anos no Hapvida Fortaleza

Rede do Hapvida em Fortaleza registra aumento de 30% na demanda hospitalar

Atualizada em 04/02/2021 às 13h

A alta de novos casos de Covid-19 entre a população mais jovem já impacta a rede hospitalar do Hapvida em Fortaleza. Nesta segunda onda da pandemia, a média de idade dos pacientes que chegam às unidades com síndrome gripal caiu para 28,4 anos. Para atender a crescente demanda na capital cearense e evitar repetição do cenário caótico de Manaus, a rede tem feito plano de guerra.

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"Estamos atendendo mais de mil pessoas por dia na rede Hapvida. Números que não víamos desde o final de abril, uma semana antes do pico da doença, que para gente foi em 7 de maio em fortaleza", diz Simone Varella, diretora de Marketing do grupo.

Comparação entre a média de idade de pacientes com síndrome gripal durante primeira e segunda onda em Fortaleza e Manaus
Comparação entre a média de idade de pacientes com síndrome gripal durante primeira e segunda onda em Fortaleza e Manaus (Foto: Divulgação / Rede Hapvida)

Durante a primeira onda da Covid-19, entre 30 de abril de 2020 e 7 de maio do mesmo ano, a média de idade dos atendidos era de 37,77 anos, em Fortaleza. Em Manaus, era de 38,98. Neste segundo momento de pico, entre 26 de janeiro e 2 de fevereiro deste ano, os hospitais da Rede na Capital cearense registraram média de 28,48 - quase 10 anos a menos. Enquanto na capital amazonense foi de 36,80 anos.

Outro ponto alertado pela porta-voz é a curva de crescimento nos atendimentos. Em Manaus, do dia 23/12 a 4/1, foi de 40%. Em Fortaleza, 30%. Ainda não é possível confirmar se o aumento foi em decorrência da nova cepa da Covid-19. Além disso, a quadra chuvosa também pode impactar no fluxo de atendimento.

Apesar do aumento de novos casos e no número de internações, ainda não é possível afirmar que a crescente ocorre na mesma proporção no número de internações. É o que sublinha o diretor executivo da Rede Assistencial do Sistema Hapvida Carlos Loja, responsável por coordenar as operações de enfrentamento à Covid-19, com atuação em outros estados do País, inclusive no Amazonas. Segundo ele, esse dado será possível perceber daqui alguns dias.

“A gente está preparando plano de ação para caso a situação piore. Podemos sair de 350 leitos para 700, dedicados exclusivamente para a Covid-19. Destes, 25% são para a terapia intensiva; o restante, para a enfermaria”, pontua Loja. A expectativa do gestor é de contratar mais 700 profissionais da saúde também, a depender do reflexo da demanda.

“É um plano que envolve todas as áreas necessárias para o atendimento aos pacientes com a doença. Quando a gente abre leitos ou espaços para atender os pacientes, o movimento é multidisciplinar: desde a estrutura dos espaços até a atuação do RH da empresa para contratar novos profissionais.”

Questionado se Fortaleza pode passar por situação extrema de calamidade como enfrentou recentemente Manaus, Carlos Loja afirma que a logística da Capital cearense possibilita que os insumos necessários cheguem mais rapidamente. Por outro lado, as cargas são muito difíceis de chegar à capital amazonense.

"Quem vai fazer o percentual de novos casos cair é a população", diz Simone ao passo que Carlos reitera e complementa: "é preciso convocar o cidadão nesta cruzada contra o vírus. Quem determinará se o Ceará será vitorioso é a população".

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