Iemanjá cumpre papel de combate à intolerância religiosa, diz devota

Iemanjá não deseja a ausência de seus devotos, por isso a jornalista e bailarina Amanda Sampaio fez questão de comparecer à Praia de Iracema nesta terça-feira, 2, e oferecer flores à orixá

Em 15 de agosto, enquanto cristãos celebram Nossa Senhora de Assunção, padroeira de Fortaleza, a umbanda comemora a Festa de Iemanjá. A mãe de todos os Orixás, no entanto, tem outra data no calendário brasileiro: 2 de fevereiro, oficialmente o dia de Iemanjá. As tradições de Iemanjá no Brasil são, geralmente, ligadas às tradições de festas católicas que homenageiam Nossa Senhora e, em outras cidades brasileiras, o dia dedicado à orixá varia de acordo com a aparição de Nossa Senhora mais representativa.

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Para a jornalista e bailarina Amanda Sampaio, o 2 de fevereiro é uma referência para os adeptos das religiões de matriz africana e compartilha a importância do 15 de agosto, mesmo sendo apenas nesta última quando ocorrem festejos, solenidades e outros eventos pela orla da Cidade. Iemanjá não deseja a ausência de seus devotos, por isso Amanda fez questão de comparecer à Praia de Iracema nesta terça-feira, 2, e oferecer flores à orixá.

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“É importante marcar presença nesse dia como uma forma de gratidão mesmo, de agradecimento, né? (2020) foi um ano muito difícil, a gente continua num ano também de muita dificuldade, então (eu vim à praia para) agradecer mesmo a energia dela, a energia de proteção”, relata Amanda.

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A jornalista cita a tradição de pular sete ondas e vestir branco no Ano Novo como exemplo do sincretismo da população brasileira, o que ajuda na quebra do preconceito contra religiões africanas. A popularidade de Iemanjá também é um fator determinante na aceitação dos costumes, conta Amanda.

No entanto, ela ressalta a importância do combate à intolerância religiosa, segundo ela, com forte presença no Brasil. "Eu acho que Iemanjá tem essa grande força, essa grande fortaleza também de cumprir este papel no Brasil de um combate à intolerância religiosa", analisa. Além disso, Amanda comenta que há uma associação de Iemanjá a uma figura branca e que isso deve ser desmistificado, tendo em vista as origens africanas da orixá.

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