Homem que seria último chefe de facção cearense ainda em liberdade é preso no Maranhão

Francinélio Oliveira e Silva havia sido preso em 31 de outubro, mas a Polícia maranhense não havia localizado os mandados do Ceará. Ele seria chefe da Guardiões do Estado (GDE)

Foi preso em São Luís (MA) o último homem apontado como integrante da cúpula da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) ainda em liberdade. Na última quarta-feira, 20, Francinélio Oliveira e Silva, o Geleia, de 45 anos, foi recambiado para o sistema prisional cearense. Informações sobre a prisão foram repassadas na manhã desta quinta-feira, 21, pela Polícia Civil em entrevista coletiva.

Conforme a Polícia Civil do Ceará, Francinélio havia sido preso em 31 de outubro último, mas a Polícia maranhense não havia localizado os três mandados de prisão em aberto contra ele no Ceará. Francinélio foi preso por uma tentativa de roubo a um veículo, praticada com um simulacro de arma de fogo. No Maranhã, ele também tinha ordem de prisão por um roubo a banco cometido na cidade de Tutóia

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Conforme Harley Filho, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com a prisão de Francinélio “toda a gênesis desse grupo criminoso (GDE) está devidamente encarcerada”. “Nós sabemos que para que haja uma tentativa de continuidade dessa organização, algumas pessoas pensarão em ascender dentro dessa estrutura criminosa, mas o trabalho da Polícia Civil é justamente no sentido de identificar e retirar do seio da sociedade essas pessoas”. Geleia responde por roubo, roubo com restrição de liberdade da vítima, dano e por integrar organização criminosa. Ele havia tido prisão relaxada mediante monitoramento eletrônico, mas rompeu a tornozeleira eletrônica e passou a ser considerado foragido.

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De acordo com o apurado pela Draco, Francinélio articulou os ataques criminosas contra prédios e bens públicos e privados no Ceará de setembro de 2019, ao lado de  Ednal Braz da Silva, o Siciliano, e Francisco Marcilieudo Mesquita da Silva, o Dão. Conforme a operação Reino de Aragão, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2019, Francinélio é integrante do "Conselho Final" da GDE, célula abaixo apenas da "Sétima Coluna" na hierarquia da facção. As conversas captaram as diretrizes passadas por Francinélio a integrantes da GDE para continuidade dos ataques de setembro de 2019.

"Falei com Barrinha (Francisco de Assis Fernandes da Silva, integrante da Sétima Coluna), ele disse que não era para recuar, o que precisar é para ser feito... E se acontecer deles serem transferidos, é para explodir o ônibus que leva os agentes. Que mesmo se forem transferidos, não é para parar", teria afirmado Geleia em uma das mensagens de celulares obtidas pela PF.

Em outra conversa, Francinélio aparece planejando resgate de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Aquiraz. O crime seria praticado com os criminosos usando fardas da PF. As mensagens ainda mostram o desejo de Francinélio de assassinar o secretário de Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque.

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