Mulher que matou marido alega legítima defesa e tem prisão relaxada
Em depoimento, ela afirmou ser vítima de violência doméstica há dois anos e que, no momento do fato, foi agredida e ameaçadaA mulher presa por matar a facadas o marido nesse domingo, 10, no bairro Jangurussu, teve a prisão relaxada nesta segunda-feira, 11, em audiência de custódia. Ela, que tem 31 anos, afirmou em depoimento que praticou o ato após sofrer violência doméstica de seu companheiro, de 35, que morreu na hora.
Conforme afirmou em depoimento, a mulher, há dois anos, era vítima de violência doméstica, de caráter físico e emocional. Na tarde de domingo, seu companheiro teria chegado em casa embriagado e drogado, estando bastante violento. Ele teria passado a ameaçá-la e agredi-la, chegando a jogá-la contra um espelho. Teria sido ao partir novamente para cima dela que o homem foi ferido a faca, que a mulher usava para preparar uma salada. Os dois viviam juntos há cerca de seis anos.
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AssineEm exame de corpo de delito, foi constatado corte na face lateral do tornozelo direito da autuada, indicando, conforme decisão judicial, que o ferimento ocorreu durante as agressões praticada pelo homem.
Na audiência de custódia, a juíza Flávia Setúbal de Sousa Duarte ponderou que a suspeita é ré primária, tem bons antecedentes e possui residência fixa. Destacou também que ela não fugiu após o fato, tendo esperado a chegada dos policiais e narrado o ocorrido. "O que nos leva a ilação de que poderá responder ao presente feito em liberdade, sendo o encarceramento precoce a última alternativa a ser adotada, ainda mais que a infração em comento se trata de um fato isolado na vida da flagranteada". Os supostos atos de violência doméstica deverão ser melhor apurados no decorrer da instrução, diz a juíza.
A autuada será submetida a monitoramento por tornozeleira eletrônica por 90 dias. Ela também não poderá sair de casa entre 19 e 7 horas e não poderá, entre outros, deixar a comarca de Fortaleza por mais de oito dias e comparecer quinzenalmente à sede da Central de Alternativas Penais, no Centro.
Em função do histórico de violência doméstica e possibilidade de legítima defesa, O POVO opta por não divulgar o nome da autuada nem de seu companheiro.
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