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Procura por vestuário aquece comércio no Centro de Fortaleza em véspera de Ano Novo

Galpões e galerias de confecção recebem grande fluxo de compradores no último dia do ano. Movimentação em outros estabelecimentos comerciais no Centro segue ritmo regular

Nos preparativos finais para as celebrações de Ano Novo, o Centro de Fortaleza teve movimentação regular na maior parte dos estabelecimentos comerciais durante esta quinta-feira, 31 de dezembro. Ponto fora da curva, galpões e galerias de confecção recebem alto fluxo de consumidores.

As vendas superaram expectativas de boa parte dos lojistas, que afirmam alta procura por peças de roupa. Clientes fizeram compras de última hora antes da virada do ano e reclamam de preços, mas seguem aquecendo o comércio na Capital.

Em fim de ano atípico, devido à pandemia do novo coronavírus, o Centro de Fortaleza teve movimentação inferior a 2019, mas crescimento do consumo em relação a períodos mais críticos do isolamento social em 2020. A movimentação foi regular na maior parte do bairro, como em um dia normal da semana.

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No entanto, pontos de aglomeração foram registrados, sobretudo, em galpões de vestuário. Um dos beneficiados com a alta procura é Francisco Prudente, 55, dono de um box de confecção no galpão Esqueleto da Moda.

Segundo ele, as vendas registram crescimento de 10% a 15% em relação a outras datas da pandemia. "As vendas estão bem. Estou até um pouco surpreso, pois está um pouquinho além das nossas expectativas. Eu até achava que, por ser próximo a um feriadão, as vendas seriam menores, mas está acima das expectativas", relata Francisco.

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Entre os produtos mais procurados na loja em que administra, estão bermudas, shorts e jardineiras - principalmente, as peças de roupa na cor branca. Tendência em outros anos, a busca por amarelo, cor que simboliza o desejo por prosperidade financeira, diminuiu, em 2020, no quiosque do galpão.

Entretanto, o sucesso nas vendas não é realidade para todos os negócios em operação no Centro. A vendedora Maria do Livramento, que trabalha em loja de moda íntima, reclama que "o movimento está fraco", bem como a procura por peças íntimas de cores variadas, que costumava ser maior em outros anos.

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o fim do ano deve levar cerca de 86 milhões de brasileiros às compras. Combinando o faturamento nos feriados de Natal e Réveillon, a movimentação financeira deve ser em torno de R$ 38,8 bilhões no setor de comércio e serviços do País.

Na manhã desta quinta-feira, 31, foram registrados pontos de aglomeração em regiões comerciais do Centro, além de descuido por uma parcela de consumidores, que não respeitavam o distanciamento mínimo recomendado.

Alguns sequer usavam máscaras enquanto faziam compras, ou utilizavam o equipamento de proteção individual de modo irregular. Na maior parte do comércio no bairro, no entanto, a movimentação estava na média, sem conturbações.

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Compras de última hora

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Apesar das finanças apertadas, ainda mais, com a crise financeira provocada pela pandemia, consumidores separam parte das economias do mês para gastos com a ceia de Ano Novo. Mesmo com a proibição de festas e com o cancelamento da tradicional queima de fogos na Capital, o investimento se direciona às comemorações familiares em casa.

Susi Moura, 37, está desempregada e não planejava ir às compras, mas a decisão de celebrar na casa da sogra mudou os planos. Para a virada de ano, fez questão de adquirir roupas novas para ela e a família.

"Eu estou conseguindo encontrar, mas os preços estão muito altos. Estão vendo que estamos à procura e não tem muitas opções. Para não sair de mãos abanando, temos que comprar, não é?", conta Susi.

Sem recesso, o casal John Carneiro Ribeiro, 29, e Marisa Alves, 25, só conseguiu comparecer ao Centro no último dia do ano. O pedreiro e a manicure buscam os últimos itens de comida para a ceia do Réveillon.

Em açougue com grande movimentação, eles estavam comprando carne para churrasco. "Ela trabalha fazendo unhas e eu em uma construção, então deixamos tudo para hoje. Está um pouco caro, mas dá para comprar", afirma John.

Com informações da repórter Irna Cavalcante.

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