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Suposto operador financeiro é preso suspeito de envolvimento em esquema que teria movimentado R$ 800 milhões

O homem não teve a identidade revelada e é natural do Espírito Santo. Ele foi preso no bairro Cajazeiras, residia há dois anos em Fortaleza e trabalhava prestando consultoria para empréstimos no Banco do Nordeste
13:00 | Dez. 15, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

Um homem suspeito de ser o operador financeiro de um esquema criminoso com atuação no Espírito Santo (ES) e em outros três estados foi preso na manhã desta terça-feira, 15, no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, por cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão. O investigado de 55 anos não teve o nome revelado e tem uma empresa que presta consultoria para quem for pegar empréstimos no Banco do Nordeste. As investigações apontam que o esquema teria movimentado, no ES, R$ 800 milhões. A prisão fez parte da Operação Piànju, que acontece nos estados do Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Alagoas.

Ao todo, as equipes cumprem 126 mandados de judicias em nove cidades.

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Segundo o delegado Klever Farias, adjunto da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), se trata de uma organização criminosa que tinha várias empresas e utilizava esses CNPJs para a lavagem de dinheiro e praticar de crimes de outras naturezas. “Foram feitos levantamentos e fizemos a identificação desse alvo que é do estado de Santa Catarina, mas já residia no Ceará há dois anos”, informa. Não foi identificada nenhuma atividade ilícita realizada no Estado. Ele estaria aqui em Fortaleza para fugir da investigação realizada em Vitória. “Sabe-se que ele estava aqui, de fato, para se escusar da atuação da Polícia Civil”, diz.

Antônio Pastor, delegado titular da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) conta que o homem preso tinha ainda uma empresa de importação que era voltada, na prática, para a lavagem de dinheiro a partir de prestações de serviços que ele realizava para qualquer parte do Brasil. “Ele já tinha morado no Ceará há 10 anos, foi embora e voltou pra morar mais dois anos”, informa.

A Operação Piànju é nacional e envolveu as Polícias Civis dos estados do Ceará, Espírito Santo, Alagoas e São Paulo. "Adentramos no local e conseguimos fazer a prisão dele, que não resistiu. Até porque ele não é uma pessoa violenta, ele trabalha com documentos", detalha Pastor. 

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